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BR-364 terá 50 km de terceira faixa em Rondônia, informa ministro dos Transportes


O ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Valter Casimiro Silveira, concordou com argumentos de que a situação da BR-364 não é satisfatória. Ele informou que já está contratada a obra de execução de 50 km de terceira faixa nos trechos da rodovia que correspondem a Rondônia. O ministro participou de audiência pública nesta terça-feira (17) na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI).

– Devido ao volume de chuvas, a BR está bem comprometida. O índice de trafegabilidade não está bom. Cessando o período de chuvas, iniciaremos com toda a força a recuperação da BR, pois não falta recurso. Não é duplicação, mas garante a segurança na questão de ultrapassagem e no fluxo de caminhões na BR – disse o ministro.

A contratação de manutenção prevê a execução de 50 km de terceiras faixas. São 22 km no trecho de Pimenta Bueno a Ariquemes, 20 km de Vilhena a Pimenta Bueno e 8 km de Presidente Médici a Jaru. A BR-364 tem início em Limeira-SP, passa por Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rondônia, e acaba no extremo oeste do Acre. Pela sua extensão, a rodovia é de fundamental importância para o escoamento da produção das regiões Norte e Centro-Oeste do país. Segundo Valter Silveira, o objetivo agora é investir nas obras de ampliação das terceiras faixas e, depois, no processo de privatização da rodovia.

Duplicação

Os participantes da audiência avaliaram que a solução para os problemas da BR 364 está em priorizar a qualidade dos projetos de infraestrutura.

Para o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), autor do requerimento da audiência pública, o governo demora muito no desenvolvimento de projetos de infraestrutura no país.

– Há cinco ou seis anos, o presidente da China esteve no Brasil e anunciou a disposição da China de investir 50 bilhões de dólares em projetos de logística e infraestrutura no nosso país. Naquela época, eu já falava que o Brasil não ia dar conta de apresentar os projetos necessários para que esse recurso fosse investido. E não deu outra. O fato é que, desses 50 bilhões de dólares, pouco foi investido. A gente reclama que não tem dinheiro, mas quando tem dinheiro, não se consegue investir por falta de projetos – afirmou.

O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) disse que é preciso que o governo tome uma providência rápida e clara a respeito da duplicação.

– Daqui a dez anos, a produção de grãos vai estar aumentada em quatro vezes. Se hoje nós temos engarrafamento de caminhões ao longo da BR, imagina daqui a dez anos – questionou.

Segundo Raupp, se fosse concedida a duplicação por concessão de 30 anos, a empresa concessionária só iria começar a fazer a duplicação da BR-364 depois de 10 anos. Para ele, não compensa privatizar a rodovia.

– Se a bancada federal colocar 200 milhões por ano, em dez anos o governo faria 670 km de duplicação. Cada quilômetro custaria três milhões de reais. Por que a gente vai dar uma concessão para uma empresa cobrar pedágio durante dez anos e depois de dez anos começar a duplicar um quilometro de estrada? – indagou.

Fonte: A Pérola do Mamoré e Rondôniaagora.


Edmilson Braga - DRT 1164

Edmilson Braga Barroso, Militar do EB R/1, formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Rondônia e Pós-graduado em Gestão Pública pela Universidade Aberta do Brasil.
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