EsportesGuajará Mirim

Os prejuízos continuam para os Empresários da Fronteira Brasil x Bolívia em Guajará-Mirim


No começo desta semana (14) de Maio de 2018, teve o inicio a uma situação degradante e preocupante para os empresários, exportadores e principalmente para os funcionários do município de Guajará-Mirim.

Os prejuízos que os empresários tanto do lado brasileiro quanto o lado boliviano é alarmante, onde cerca de 80% das mercadorias que seriam transportados e exportados para o lado boliviano, estão parado nas empresas de Guajará-Mirim.

Em entrevista para a reportagem do site A Pérola do Mamoré, o gerente de uma das empresas de Guajará-Mirim disse está preocupado com a situação a qual se encaminha. “É que como podemos observar, todos esses caminhões da empresa eram para estarem no Porto de exportações fazendo a descarga das mercadorias para serem exportados para o pais vizinho Bolívia e estão aqui, parados sem gerar produtividade para empresa e conforme se caminha essa situação, teremos que começar a demitir nossos funcionários” – Destacou o gerente.

Imagens dos caminhões parados da empresa MS da cidade de Guajará-Mirim ( Fotos: Rafael Guilherme – A     Pérola do Mamoré).
Entenda todo caso por meio da nota da diretoria da ACISGM. 
A Diretoria da ACISGM participou de uma reunião na sede da Receita Federal e dois temas relacionados à exportação foram debatidos:
1 – PRAZO PARA O INÍCIO DA UTILIZAÇÃO DA DECLARAÇÃO ÚNICA DE EXPORTAÇÃO – DU-E, foi marcada reunião com os exportadores com a Receita Federal para o esclarecimento de dúvidas sobre o novo sistema no dia 19/03/2018.
Foi comunicado ainda que a partir do dia 14/05/2018 a DU-E poderá ser utilizada em Guajará-Mirim, havendo provisoriamente a possibilidade de utilizar o sistema atual (REGISTRO DE EXPORTAÇÃO R.E. e a DECLARAÇÃO DE EXPORTAÇÃO – D.E.) até o último dia de limite legal, que ocorrerá no dia 01/07/2018.
2 – Foi estabelecido pela INSPETORIA DA RECEITA FEDERAL EM GUAJARÁ MIRIM como prazo final, o dia 13/05/2018 em que estará liberada a utilização das canoas da Bolívia para exportação. A partir do dia 14/05/2018, as exportações serão somente através de balsas com a emissão do MIC / DTA por empresa devidamente habilitada pela ANTT.
Já na Bolívia a reação dos canoeiros e exportadores o clima ficou mais tenso, onde as famílias dos trabalhadores e a classe dos canoeiros fizeram manifestos pelas ruas da cidade de Guayaramerín Bêni Bolívia com parada em frente ao Porto Oficial da Bolívia. E em seus discursos exaltados falaram que “a partir de segunda-feira, o porto boliviano estará fechado parcialmente” e também “cogitasse”  fechar o de Guajará-Mirim. Inclusive os “estudantes de medicina não poderão atravessar para o lado boliviano para terem suas respectivas aulas”.
Veja a resposta da Receita Federal para Associação Comercial, Industrial e Serviços de GuajarÁ-Mirim.
O Prefeito Municipal de Guajará-Mirim Cícero de Noronha, esteve se reunindo com empresários para buscar “forças” para estarem se deslocando até Brasilia, onde de encontro com o Senador Federal Valdir Raupp e a Deputada Federal Marinha Raupp, participaram de reuniões junto ao  Secretário da Receita Federal, onde levaram as revindicações dos empresários da região e a demanda de trabalhos que são realizados na exportação na fronteira Brasil x Bolívia e ficaram a espera de uma resposta do Secretario Federal da Receita Federal, onde mais tarde o Senador Valdir Raupp foi informado que “não voltarão atrás na obrigatoriedade do uso da balsa, alegaram que é devido a legislação brasileira e devido a reclamações da Aduana Boliviana”.
              Reuniões que foram feitas com autoridades de Guajará-Mirim e Empresários da região em Brasilia

Em visita do Governador do Estado de Rondônia Daniel Pereira em Guajará-Mirim aproveitou a oportunidade e esteve no local e se colocou a favor dos protestos e disse que estaria se reunindo com demais autoridades do município e os representantes do governo federal para buscar alternativas que melhorasse a situação em que se encontra.

O bloqueio do acesso ao Porto de Exportações continua e em frente ao bloqueio estão os funcionários e empresários tanto do lado brasileiro quanto boliviano, gerando a todos uma revolta e com isso hoje (16) de Maio já são três dias de paralisação, gerando prejuízos para os empresários dos dois países.

Até o fechamento desta matéria não se teve nenhuma solução.

Fonte: A Pérola do Mamoré.

 


Edmilson Braga - DRT 1164

Edmilson Braga Barroso, Militar do EB R/1, formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Rondônia e Pós-graduado em Gestão Pública pela Universidade Aberta do Brasil.
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