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Raquel Dodge pede 12 anos de cadeia para Valdir Raupp por corrupção passiva e lavagem de dinheiro


Vale ressaltar que, em pouco mais de quatro anos de Operação Lava Jato, a Corte não concluiu o julgamento de nenhum político réu pelo esquema de corrupção da Petrobras.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu na última sexta-feira (13) a condenação do senador Valdir Raupp (MDB-RO) e de seus assessores parlamentares Maria Cléia Santos de Oliveira e Pedro Roberto Rocha. Os três foram denunciados por por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em desdobramentos das investigações da Operação Lava Jato. Dodge pede doze anos de reclusão ao emedebista e pagamento de multa de 1 milhão de reais.

Valdir Raupp é acusado de recebimento de propina de 500.000 reais por meio do esquema de corrupção estabelecido na Diretoria de Abastecimento da Petrobras. O valor foi pago pela empreiteira Queiroz Galvão, sob o disfarce de doações eleitorais “oficiais” para a campanha de 2010 ao Senado. Maria Cléia e Pedro Roberto teriam contribuído para o recebimento da propina. O senador foi para o banco dos réus em março de 2017, após decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na peça, Raquel Dodge alega que Raupp usou o mandato e sua influência política para solicitar vantagem indevida a Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras e um dos primeiros delatores da Lava Jato. Em outro trecho da manifestação ao Supremo, a procuradora-geral considera que o senador ”traiu seu mandato e descumpriu a função constitucional de mais alta relevância dele esperada: zelar pela moralidade administrativa, zelar pela patrimônio público”.

Por ser senador, Valdir Raupp tem direito ao foro por prerrogativa de função, o foro privilegiado, e, portanto, será julgado pelo STF. Vale ressaltar que, em pouco mais de quatro anos de Operação Lava Jato, a Corte não concluiu o julgamento de nenhum político réu pelo esquema de corrupção da Petrobras.

Fonte: A Pérola do Mamoré e Planetafolha.


Edmilson Braga - DRT 1164

Edmilson Braga Barroso, Militar do EB R/1, formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Rondônia e Pós-graduado em Gestão Pública pela Universidade Aberta do Brasil.
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