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Sem saída: implementação de Normativa da Receita Federal vai mesmo gerar demissões em Guajará Mirim


Uma normativa da Receita Federal do Brasil relacionada ao transporte de mercadorias exportadas nas cidades localizadas em faixa de fronteira, que foi criada no distante ano de 1990 e que somente agora o órgão fiscalizador brasileiro resolveu implementá-la em definitivo, vai mesmo gerar demissão em massa no comércio de Guajará-Mirim.

A informação foi dada à reportagem do site A Pérola do Mamoré por pessoas ligadas ao ramo e que diariamente vende para o mercado boliviano.

Depois de mais de 30 dias com os portos das duas cidades fechados em protesto à implementação da medida, e a posterior liberação excepcional para o transporte de mercadorias até o valor de 2 mil dólares, pelas pequenas embarcações chamadas de PEC-PEC, já que acima desse valor só se permite o transporte através da Balsa devidamente regularizada junto aos setores competentes, o que minorou o problema dos trabalhadores brasileiros que atuam no setor, não há mais dúvida do agravamento do problema que todos temiam.

Segundo essa fonte, as vendas para a Bolívia caíram drasticamente desde o início do problema os empresários chegaram a ponto de ter que agir com demissões para que possam continuar exercendo suas atividades.

Ainda segundo essa fonte, as primeiras demissões deverão ocorrer nos próximos dias pelas principais empresas exportadoras, que utilizam a maioria da mão-de-obra no setor comercial. Todas, sem exceção,  terão que demitir empregados para que possa efetuar o ajuste em seus orçamentos.

A decisão chega porque nenhuma tratativa política ou empresarial foi aceita pela direção maior da Receita Federal, em Brasília, onde o assunto foi exaustivamente discutido.

O princípio da escassez é o fundamento da ciência econômica. O poder aquisitivo deve ser contrapartida do trabalho. Assim ensina a Economia. E o nosso comércio, que integra o setor terciário, engloba todo o comércio  e todas as atividades de prestação de serviços (transportes, hotéis, bares, etc.).

O preço dessa indiferenciação e dessa imobilidade acaba por ser confusão ideológica, a falta de descentralização política e a insensível capacidade de técnicos que desconhecem a realidade de nossa fronteira e o respeito mútuo que existe entre os dois povo, além da  decretação do fim de um meio de sobrevivência digna e honesta, o que vai deixar centenas de trabalhadores sem o seu ganha pão diário.

Fonte: A Pérola do Mamoré

 

 


Edmilson Braga - DRT 1164

Edmilson Braga Barroso, Militar do EB R/1, formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Rondônia e Pós-graduado em Gestão Pública pela Universidade Aberta do Brasil.
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