Sargento da PM morto em confronto com grileiros é velado sob forte comoção em Batalhão de Guajará-Mirim
João Batista tinha 20 anos de carreira militar e deixa mulher e um casal de filhos. Dois criminosos também morreram no confronto na zona rural de Nova Mamoré.
O sargento João Batista, que morreu após ser baleado em um confronto com grileiros durante uma reintegração de posse na zona rural de Nova Mamoré (RO) na última quarta-feira (25), está sendo velado no 6º Batalhão de Polícia Militar (6º BPM) de Guajará-Mirim, a cerca de 330 quilômetros de Porto Velho.
O cortejo com a chegada do corpo do militar foi acompanhado por viaturas da PM e do Corpo de Bombeiros e seguiu até o Batalhão, situado no Bairro 10 de Abril.
Na chegada, houve bastante comoção dos colegas de farda, familiares e amigos. O sargento J. Batista tinha 44 anos e fazia parte da Unidade Especializada de Fronteira (Unesfron), que é um grupo de elite da PM para operações especiais.
O militar tinha 20 anos de carreira e deixa mulher e um casal de filhos. O sepultamento está previsto para às 17h no Cemitério Municipal Santa Cruz.
Confronto
Policiais militares e grileiros entraram em confronto durante uma operação de reintegração de posse em uma propriedade localizada na Linha 29-C do Distrito de Nova Dimensão, na zona rural de Nova Mamoré na última quarta-feira (25).
De acordo com a PM, duas guarnições foram emboscadas e um tiroteio aconteceu na localidade. Na troca de tiros, o sargento J. Batista foi alvejado pelos criminosos e chegou a ser socorrido, mas não resistiu.
Dois dos criminosos morreram no confronto e um terceiro foi baleado e encaminhado para o Hospital João Paulo II, na capital; ele está na condição de preso. Até o fechamento desta matéria não há informações sobre outros mortos ou feridos.
Repercussão
O sargento João Batista tinha 44 anos e pertencia ao Batalhão da PM em Guajará-Mirim. o policial também era sócio da Associação Folclórica e Cultural do Boi-Bumbá Malhadinho.
Nas redes sociais, amigos e colegas de trabalho estão presentando homenagem desde a noite de quarta-feira.
“Ao meu segundo pai, meu tio, toda a gratidão pela atenção e pelo carinho dedicado a mim durante o meu crescimento. Apesar da tristeza, sei que isto não é um adeus, porque voltaremos a nos ver um dia. Sei que a sua hora chegou e você está firme nas mãos do Senhor, porque sempre foi um servo bom e fiel. Até breve, meu querido tio!”, escreveu uma sobrinha de Batista.
A Associação Folclórica e Cultural do Boi-Bumbá Malhadinho divulgou nota lamentando a morte do policial, que era integrante da organização.
“É com todo pesar que vimos trazer a triste notícia do falecimento de nosso querido amigo, artesão e sócio, João Batista, ele parte deixando-nos muitas lições de amor, amizade, profissionalismo, ética e humanidade”, diz a nota.
Fonte: A Pérola do Mamoré /G1