Acir explica situação do processo no STF, reafirma candidatura ao Governo e vê perseguição por combate a corrupção
Candidato do PDT ao Governo de Rondônia, o senador Acir Gurgacz reuniu a imprensa nesta sexta-feira para reafirmar sua candidatura, mesmo que tenha negado seu pedido de registro pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o que diz não acreditar.
Acir explicou que são situações distintas: a Ação Penal em que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nada tem a ver com o registro de sua candidatura e que as movimentações do processo em Brasília são normais e ele continua exercendo seu direito de recorrer sempre que necessário, até porque, como tem mandato parlamentar, foi julgado apenas por uma instância.
O candidato pedetista afirmou que há forças no Estado politizando a questão de seu processo em razão do combate a corrupção e luta pela ética, bandeiras de sua vida pública. “Essa nossa posição de combater a corrupção tem afetado muito os políticos que estão trabalhando no nosso Estado. O fato de as pessoas saberem que vamos combater a corrupção, eu tenho atraído muitos inimigos e muitas pessoas que não querem que a gente avança em nossa vida pública.”
O senador deixou claro que o processo no STF não envolve dinheiro público. “Na Ação Penal eu figurei como réu, mas não deveria, não houve qualquer prejuízo ao erário, Fui apenas avalista de uma transação de nossa empresa e se houvesse qualquer irregularidade deveria figurar na Ação a pessoa jurídica e o banco que deu o empréstimo. É um processo pessoa jurídica com o banco e eu fui avalista apenas, é um processo de empréstimo que foi totalmente pago. A empresa pediu R$ 17 milhões e pagou R$ 32 milhões, ou seja, quitou.”, disse.
Acompanhado ainda de seus advogados, Acir detalha que não tem qualquer dúvida de sua candidatura. “O fato de eu ser senador da República e já liderando as pesquisas, nos colocam sempre em dúvida no processo eleitoral a nossa candidatura”.
O advogado Nelson Canedo diz que a tendência do tribunal em Rondônia é seguir a decisão do TSE e que a simples petição dos embargos infringentes já paralisa o processo, fazendo com o TRE libere a candidatura porque a decisão do Supremo fica suspensa. “A jurisprudência do TSE nessa questão é pacífica, não estamos inventando a roda de maneira nenhuma, estamos seguindo a jurisprudência do TSE. A defesa espera que o TRE decida o registro com base na jurisprudência pacifica do TRE”.
O senador respondeu a vários questionamentos de jornalistas e em um deles, manifestou-se sobre boatos de que caso tivesse o registro indeferido sua esposa seria lançada. Acir disse respeitar a imprensa, mas afirmou que a notícia é descabida e que a esposa, Ana Maria Gurgacz, tem um trabalho social voluntário e que caso ele vença, irá se destacar mais ainda. Ao final reafirmou que se não tiver o registro em Rondônia, vai recorrer ao TSE que é um direito seu.