Mulher assume maior comando do Exército dos EUA pela 1ª vez na história
Tenente-General Laura Richardson comandará de forma interina divisão conhecida como Forscom, com mais de 870 mil pessoas, até que Senado confirme novo titular do cargo.
WASHINGTON – A participação das mulheres no Exército dos Estados Unidos é antiga, com registros históricos que estimam entre 400 e 700 as que combateram – ainda que disfarçadas de homem – durante a Guerra de Independência (1775-1783).
Oficialmente, no entanto, a primeira unidade feminina nas Forças Armadas americanas só foi estabelecida em 1942, com a criação de um Corpo Auxiliar para o treinamento das oficiais – responsável por formar mais de 150 mil soldados mulheres para a 2ª Guerra.
Em todos esses anos, no entanto, nenhuma mulher jamais havia liderado o maior comando das Forças Armadas americanas, conhecido como Forscom. Essa história mudou nesta quarta-feira, 17, quando a Tenente-General Laura Richardson passou a responder por essa equipe de 776 mil militares e 96 mil civis.
Este momento único para os militares americanos não é o primeiro na carreira de Laura, que atua no Exército há 32 anos. Em 2012, ela também foi a primeira mulher a assumir o vice-comando da Primeira Divisão de Cavalaria, que carrega o título de “Primeiro Time” americano.
Cinco anos depois, foi promovida novamente e passou a ocupar o vice-comando da Forscom – mais uma vez, com o status de primeira oficial do sexo feminino na posição. A divisão era liderada pelo General Robert B. Abrams, que deixou o posto na terça-feira para chefiar as tropas americanas na Coreia do Sul.
Apesar da conquista histórica, o cargo de Laura Richardson ainda não é definitivo. Em entrevista ao canal CNN, o diretor de relações públicas do Forscom, Coronel Michael Lawhorn, afirmou que ela vai acumular os cargos de vice-comandante e comandante interina até que o substituto de Abrams seja nomeado e confirmado pelo Senado.
Lawhonrn disse ainda que Laura está na lista de oficiais cotados para assumir o comando de forma definitiva e que sua liderança provisória não deve ser breve. Os prazos para nomeação e confirmação do sucessor de Abrams não foram divulgados.
Fonte: Estadão