Painel
Não há nada a temer
Principal conselheiro de Jair Bolsonaro (PSL) entre os oficiais da
reserva chamados pelo presidente eleito para seu ministério, o general
Augusto Heleno diz não haver motivo para preocupação com a atuação dos
militares no próximo governo, objeto de apreensão nos meios políticos.
Ele lembra que o papel das Forças Armadas está delimitado na
Constituição e afirma que os ministros farão seu trabalho sem
interferência dos quartéis: “As prioridades são afetas a cada
ministério”.
Por toda parte
Além de Heleno, que será o chefe do GSI (Gabinete de Segurança
Institucional) no Palácio do Planalto, haverá três generais da reserva e
um almirante no ministério, e outros três generais ocuparão postos no
segundo escalão de Bolsonaro, que é capitão reformado do Exército.
Farda no armário
Na avaliação de um político que conheceu todos eles durante os governos
do PT, os generais do presidente formarão um grupo coeso. Eles foram
treinados para atuar como líderes executivos competentes e não têm
pretensões políticas, diz.
Passando a limpo
Para outro ex-interlocutor dos militares na era petista, os futuros
ministros farão tudo para evitar a politização dos quartéis, porque
sabem como o prestígio das Forças Armadas custou a ser recuperado após o
desgaste sofrido na fase final da ditadura militar (1964-1985).
Folha/montedo.com