Café dos extrativistas: Uma tradição que se mantém
Há cerca de 5 anos, um grupo de extrativistas (antigamente eram chamados de seringueiros), reuniu-se e criou o Café dos Extrativistas. A finalidade era reunir, pelo menos uma vez por mês, pessoas que no passado viveram em seringais da região explorando a seringa, para uma espécie de confraternização onde poderiam trocar ideias, contar historias e relembrar o passado.
O sistema funciona com a solidariedade de todos onde cada um leva um pouco daquilo que seria servido no café de sua própria residência. E em todos os cafés servidor, é contada a história de vida de um extrativista, destacando fatos de sua vida e, sempre também, é prestada homenagens àqueles já falecidos.O café é normalmente animado pelo grupo musical “Os Coroas do Baile” que era comandado pelo tecladista Ademir Carneiro de Oliveira, recentemente falecido.
O grupo assegura que vai continuar animando os eventos, mesmo com a ausência do líder pois, segundo eles, será uma espécie de homenagem a Ademir.Depois de utilizar variados locais para realizar o evento, a coordenação optou por utilizar mais frequentemente a sede do Clube dos Inativos, no bairro da Liberdade, que fora gentilmente cedido pelo presidente Nascimento.Do grupo de fundadores do Café da Manhã estão os líderes do movimento dos extrativistas José Maria dos Santos, José Wilson Nunes, o Boneco,José Avillaneda Amutaria e outros que ainda hoje comandam o evento.O próximo Café da Manhã será fora da cidade. Será na propriedade do senhor Napoleão Rodrigues e sua esposa, dona Francisca Augusto, a dona Tota, na Estrada do Pompeu, próximo ao Barracão do Pompeu, na Reserva Extrativista do Rio Ouro Preto, e será neste domingo, dia 16.
Fonte: A Pérola do Mamoré