Ministro de Bolsonaro, general Heleno diz que Dilma não acreditava em inteligência e derreteu o setor
Quatro novos ministros assumem cargo em solenidade no Palácio do Planalto.
OGLOBO
Karla Gamba , Eduardo Bresciani e Jussara Soares.
BRASÍLIA – Um dia após a posse, o presidente Jair Bolsonaroparticipou, na manhã desta quarta-feira, da cerimônia de transmissão de cargo dos quatro ministros que trabalharão diretamente com ele no Palácio do Planalto. Assumiram os cargos de ministro: Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Santos Cruz(Secretaria de Governo) e Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral).
Heleno afirmou em sua fala que a área de inteligência do governo foi retomada pela gestão Michel Temer depois de ter sido “derretida” por Dilma Rousseff.
A nossa missão no Gabinete de Segurança Institucional é basicamente tratar da segurança e das viagens do Presidência da República, e, mais ainda, cuidar do sistema de inteligência brasileiro, ser o cabeça desse sistema. E esse sistema foi recuperado pelo general Etchegoyen, pois ele foi derretido pela senhora Rousseff, que não acreditava em inteligência – afirmou Heleno, sendo interrompido por aplausos.
O novo ministro do GSI afirmou que sua missão será levar informações para que o presidente toma suas decisões e afirmou que o sucesso do governo se dará pelo “exemplo” de Bolsonaro.Vamos construir um Brasil novo, com austeridade, transparência, e honestidade, principalmente pelo exemplo do nosso presidente – disse Heleno.
Atentado
Gustavo Bebianno lembrou a facada que Bolsonaro levou durante a campanha eleitoral e classificou o episódio como um “atentado à democracia”:
– É um honra participar desse momento histórico que para mim foi iniciado em 2017 e coroado em outubro. Foram dois anos de intenso trabalho, dois anos de suor e literalmente de sangue, derramado no dia 6 de setembro. Um atentado não só contra o homem mas contra a democracia brasileira – afirmou o novo ministro da Secretaria-Geral em seu discurso.
Bebianno disse esperar que liberalismo econômico seja implementado no país.
Esperamos que o liberalismo econômico seja implementado a favor de todos nós – concluiu.
‘Sensação de honestidade’
Ao tomar posse como ministro da Secretaria de Governo, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz defendeu que a nova administração “transmita sensação de honestidade” à população ‘traumatizada por escândalos de corrupção.
Santos Cruz afirmou que a Secretaria de Governo terá portas abertas para fazer a interlocução de prefeitos, governadores, movimentos sociais e instituições com a presidência, mas advertiu que o relacionamento será feito baseados nos princípios da administração pública.
Todos os assuntos poderão ser tratados pela Secretaria de Governo sempre dentro dos princípios de administração pública, de honestidade, lealdade, de transparência, publicidade, a fim que se transmita à nossa população traumatizada pelos escândalos ao longo dos últimos anos, que se transmita a sensação de honestidade de governo – disse.