Revista Sociedade Militar
Não custa lembrar que hoje o homem que ocupa a cadeira presidencial é um GENERAL de Exército, coisa que não acontecia há décadas no Brasil.
Faz poucas semanas que a grande mídia propagou, com gigantesco alarde, que o filho do General Hamilton Mourão havia sido promovido a alto cargo no Banco do Brasil. Questionado sobre o assunto o GENERAL já disse que o homem, que é funcionário concursado, galgou a promoção por méritos próprios. Realmente verificou-se que as qualificações são mais que suficientes para a posição que hoje ocupa e a perseguição política que existiu no passado realmente justifica o fato de ter permanecido na posição em que estava.
Todavia, os eleitores de BOLSONARO e MOURÃO ainda se dividem nessa questão, alguns acham que a promoção veio cedo demais, que poderia ter sido adiada para um pouco mais tarde por conta da visibilidade inicial que possui o governo que entra. Outros acreditam que o fato de ser filho ou parente de um político de alto status não pode ser impedimento para o progresso funcional de funcionários públicos.
RECUOS SÃO GOLS
Sabemos muito bem que os chamados “recuos” do governo diante de questões polêmicas são festejados como gols feitos pela grande mídia e esquerda, que quase sempre estão em um mesmo time. Tentando marcar esse GOLAÇO, a revista ISTO É em reportagem de página inteira tenta em um texto que cita weber, Juscelino Kubitschek e até o grande Salomão, manipular – imagine isso! – o General de Exército Hamilton Mourão para que o mesmo se convença que entrará para a história como o mais NOBRE dos políticos se determinar que o BANCO DO BRASIL “despromova” seu filho. A reportagem coloca como “ação mais enobrecedora” de sua vida um ato que cancele a promoção, que de fato na verdade seria uma verdadeira carta de confissão de que a coisa teria acontecido por puta influência do atual governo.
Assinada a confissão o enobrecimento e grandeza instantaneamente seriam jogados no lixo e a manchete seria: “MOURÃO ADMITE NEPOTISMO e RECUA. Em ATO DE EXONERAÇÃO Presidente em Exercício EXONERA filho promovido indevidamente… “.
Veja trechos do artigo na Isto É
“…
Se quiser, no entanto, Mourão terá a chance de dar a “meia volta,
volver” mais enobrecedora de sua carreira pública. Basta lembrar da
distinção estabelecida pelo sociólogo alemão
Max Weber entre a ética da convicção e a ética da responsabilidade.
Quando diz ao filho e funcionário de carreira do Banco do Brasil Antônio
Rossell “isso é mérito seu, é uma coisa que
é sua, lhe pertence, acabou”, Mourão age movido pela ética da convicção.
Mostra-se convicto de que o rebento não errou e, por isso, deve
permanecer onde está, sem ser acossado..”
Ouvir (ler) que o ato mais eloquente de sua carreira seria um recuo deve incomodar um pouquinho. Mas, pelo que conhecemos do sendo de humor militar e do oficial em tela ele deve estar rindo bastante por ser tratado como detentor de tamanha ingenuidade.