Tratamento diferenciado para Guajará Mirim
A PÉROLA DO MAMORÉ – ALUÍZIO DA SILVA
Prestes a chegar aos 90 anos de vida, Guajará-Mirim, mais do que nunca, necessita de um tratamento diferenciado por parte dos governos federal e estadual. E a hora que busca isso é agora com a posse de novos governantes e novos deputados e senadores.
Vai longe o tempo em que Rondônia era Território Federal e Guajará-Mirim a segunda cidade mais importante. Naquela época não existiam as cidades que hoje nós aqui costumamos chamar de “cidades da BR”.
O processo migratório ao longo do eixo da BR-364 foi intenso a partir dos anos de 1970. E dessa corrente migratório poucos vieram para Guajará-Mirim, sendo acomodados onde é Nova Mamoré.
E a maior prova do sucesso desse processo migratório, pelo menos em termos de desenvolvimento, é que Nova Mamoré progrediu a olho nú, de distrito passou a município e já ultrapassa a economia de Guajará-Mirim, de cujas entranhas saiu.
Lá o agronegócio é forte e sua principal fonte de economia. Aqui, em Guajará-Mirim, nossa matriz econômica continua sendo o comércio, muito em função da Bolívia.
A pecuária tem prosperado, mas indústrias e casas de créditos (bancos) deixaram de existir. Em função disso, nossa principal fonte econômica continua sendo a chamada “economia do contracheque”, dada a importância do número de servidores públicos dos três níveis: federal, estadual e municipal.
Guajará-Mirim é ideal para a exploração da atividade turísticas, dada a nossa privilegiada localização geográfica e os inúmeros atrativos naturais. Contudo, não há investimentos para tal. Ao contrário, nas “cidades da BR” investe-se muito.
Aqui precisamos de um processo de estruturação necessário para a implantação da infraestrutura para que a atividade turística se desenvolva.A época é de inovação, sobretudo em termos tecnológicos.
O empresário só investe onde os estudos mostram que ele terá retorno assegurado. Infelizmente, salvo raras exceções, nosso políticos locais só se preocupam com a vaidade, com o seu bem pessoal, não pensam no “coletivo”, como costuma dizer a professora Ivone Reis.
Só querem andar “arrumadinhos” e sair nas colunas sociais. O próximo, o cidadão de bem, que se dane. Parece serem adeptos do bordão do saudoso Chico Anysio: “Eu quero é que pobre se exploda”!Por fim, é preciso aproveitar a onda de mudanças por que passa o país e nosso estado provocadas com a eleição de 2018.
Nossos deputado estaduais, deputados federais,, senadores, governador e também nossos vereadores, devem, mais do que nunca, unir-se na luta para exigir que nosso município um tenha a partir de agora um TRATAMENTO DIFERENCIADO.
Aluízio da Silva é Bacharel em Administração, Jornalista e Radialista. Membro-Fundador da Academia Guajaramirense de Letras (AGL).