Membros do Quadro Especial buscam apoio da esquerda, lideranças mais antigas discordam
REVISTA SOCIEDADE MILITAR
Lideranças de associações do Quadro Especial de Sargentos divergem de minorias que insistem em buscar apoio da esquerda.
Militares do quadro especial de sargentos são a categoria militar – sem dúvida – mais atuante no que diz respeito à mobilização política e tem sido, como bem disse nosso amigo Montedo, quem aponta os atalhos para o restante dos graduados percorrer de forma mais eficaz os labirintos do Congresso Nacional.
Os militares do quadro especial – como parte significativa dos graduados – se sentem injustiçados com o projeto de lei apresentado pelo governo federal. Muitos militares e lideranças de associações tem circulado de gabinete em gabinete da Câmara e Senado em busca de apoio para mudanças no projeto de lei.
Nas redes sociais e em audiência pública realizada no Senado no mês de abril os graduados reclamam de que não foram ouvidos durante a elaboração do projeto de lei da reestruturação das carreiras.
O projeto parece realmente problemático, haja vista que os sargentos QE e QESA não são os únicos a reclamar.
Militares de todas as patentes reclamam de concessão de benefício de representação só para oficiais generais e Suboficiais da Marinha e Força Aérea, alegam que ficaram também prejudicados, segundo informam o PL concede um adicional de habilitação de 73% só para graduados da força terrestre.
A dificuldade de encontrar apoio para mudanças no PL 1645 possivelmente foi o que fez com que alguns do quadro especial acabassem buscando políticos do PT, como a deputada Gleisi Hoffman, presidente do Partido dos Trabalhadores, que atua no congresso em confronto direto contra o governo do Presidente Jair Bolsonaro – PSL.
A deputada em questão, até onde se sabe, não se manifestou sobre o pleito dos militares. Talvez sequer tenha se dado conta de que o fato de ser procurada por militares das forças armadas seria um fato político gigantesco nesse momento. Tentamos um contato com o gabinete mas não fomos respondidos ainda.
A situação tem gerado algumas discussões dentro de grupos nas redes sociais. Lideres da categoria como Genivaldo (AMARP-FA) e outros ouvidos pela Revista Sociedade Militar declaram que discordam desse tipo de aliança e lutam para manter a categoria unida e bem distante de políticos do Partido dos Trabalhadores.
“Há erros, mas não podemos dar passos desse só causa de salário ou carreira, o Brasil, nossas famílias e nossa liberdade depende de mantermos a esquerda longe do poder… continuaremos lutando da nossa forma… “, disse uma liderança, nas redes sociais.
Genivaldo publicou um áudio bem incisivo aconselhando os QE/QESA a se manter longe da esquerda. “quem quiser ficar abraçado com essas pessoas indevidas que o façam …” disse o sargento reformado. Ouça o áudio