Nova Mamoré tem convênio prorrogado com maternidade de Guajará-Mirim.
G1/RO – FABIANO DO CARMO
Município não possui uma maternidade pública, por isso o atendimento às gravidas é feito em uma unidade de saúde particular da cidade vizinha. Nova Mamoré contribui com R$ 40 mil por mês em convênio.
O convênio para atender as gestantes de Nova Mamoré (RO) em Guajará-Mirim (RO), cidade distante a pouco mais de 330 quilômetros de Porto Velho, foi renovado até o mês de dezembro. Atualmente, o município não possui uma maternidade pública, e por isso o atendimento às gravidas é feito em uma unidade de saúde particular da cidade vizinha.
O convênio entre os municípios venceu em abril e teve que ser prorrogado até dezembro, já que a interrupção do serviço pode gerar transtornos a população de Nova Mamoré, como em 2018, quando ocorreu a interrupção e como consequência as gestantes de Nova Mamoré tiveram que viajar cerca de 300 quilômetros até a capital.
Em 2017, o Hospital Antônio Luiz Macedo foi inaugurado em Nova Mamoré, porém o local não tem um centro cirúrgico em funcionamento e nem equipe suficiente para realizar partos. Devido a isso, as gestantes são encaminhadas ao município vizinho.
Guajará-Mirim também não tem uma maternidade pública. No entanto, o serviço foi terceirizado e as gestantes são atendidas em uma unidade particular. Atualmente, os valores cobrados por essa unidade são maiores do que é repassado pela tabela SUS (Sistema Único de Saúde) para realização dos atendimentos.
Com a terceirização do serviço, o município de Nova Mamoré contribui com R$ 40 mil mensais, enquanto Guajará-Mirim paga a maior parte, que é de cerca de R$ 230 mil.
De acordo com a tabela do SUS, um parto normal está orçado em R$ 532,72 e o cesariano em R$ 409,78, mas com a terceirização do serviço o valor tem um aumento e passa a ser de: R$ 905,62 parto normal e R$ 696,62 para parto cesariano.
Instalação da maternidade pública no Hospital Regional
A Prefeitura Municipal está realizando um estudo para que a maternidade pública seja instalada no Hospital Regional Perpétuo Socorro, porque segundo a secretária de saúde, Vanessa Moraes, a mudança pode sanar problemas e reduzir os custos com o serviço.
O estudo está sendo realizado para que o município analise se terá condições de fazer as adequações de acordo com a Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa). Uma das maiores dificuldades na saúde pública da cidade é com relação a demanda do hospital regional.
“O município não tem condições de manter um hospital regional e uma maternidade. Atualmente o estado não nos propicia o que ele deveria. Hoje em dia nós atendemos a população de Guajará-Mirim e da área ribeirinha, a população de Nova Mamoré, as linhas e até mesmo a população da Bolívia”, explicou Vanessa Moraes, Secretária de Saúde.