A PÉROLA DO MAMORÉ
Vai longe o tempo em que Guajará-Mirim viveu um clima político de perfeita harmonia e absoluta tranquilidade.
Outros tempos, outros interesses, outras mentes e outros fins que não a corrupção hoje escancarada em todo o País que castiga o povo e lhe tira o que lhe é mais sagrado: o direito de viver com dignidade.Hoje se vive um clima de Flamengo x Vasco entre direita e esquerda.
Briga pelo poder, ambição e vaidade.
Cada um se acha o único apto a governar. E que o município não sobreviverá se outra pessoa ou outra ideia estiver no poder. É uma luta insana para se manter no poder, ou tentar chegar a ele.
Enquanto isso, o povo sofre.
Os últimos acontecimentos políticos comprovam essa tese. O povo passando por tudo quanto é tipo de dificuldades e os políticos se digladiando em busca de marcar território e “trazer” o povo para o seu lado.
Guajará-Mirim vive uma crise.
Não há mais tempo a perder. Vencer a crise não é só uma matéria de responsabilidade do governo, mas do conjunto da sociedade.
Nenhum valor é absoluto.
Não há transcendência. A agenda da política profissional é abstrata em vista da agenda concreta da maioria do povo. O ponto de partida de toda e qualquer transformação programática deve ser a retomada do desenvolvimento.
Na estagnação ou necessidade não se combate a miséria, não se elimina a injustiça, não se consolida a democracia, nem se constrói um município livre e soberano.
Os políticos, de situação e de oposição, precisam dialogar em um clima de respeito e de reconhecimento da opinião do adversário e, sobretudo, precisam aprender a conviver com a diversidade de ideias e pontos de vista.
Assim procedendo, honraremos as memórias de homens e mulheres que no passado ajudaram a construir a nossa história, justo em uma época em que tudo era mais difícil e não existia a tecnologia que hoje existe (e eles não ganhavam tão bem como ganham os políticos de hoje em dia).
Aluizio da Silva é Administrador de Empresas e Jornalista.
Membro-Fundador da Academia Guajaramirense de Letras (AGL).
