GUAJARÁ SOLIDÁRIA
A PÉROLA DO MAMORÉ
Um programa de incentivo e organização da solidariedade deveria ser criado em Guajará-Mirim para alavancar as ações de voluntariado na cidade.
Num primeiro momento deveria ser feito um levantamento de todos os projetos sociais que existem na cidade, objetivando organizar os pequenos para aprenderem com as entidades mais experientes. No primeiro momento, sensibilização e mobilização para depois se mobilizar em busca de recursos.
É preciso criar uma nova mentalidade de cidadania e solidariedade e avançar no que se refere ao voluntariado. E a Prefeitura deveria ser a impulsionadora.
Precisamo mudar o hábito do guajaramirense que muitas vezes quer ajudar, mas não sabe como. Daí iniciativas isoladas de pessoas de bom coração que se compadecem do sofrimento do povo e buscam de uma forma ou de outra meios de minimizar esse sofrimento. É o caso recente da cidadã professora aposentada Ivone Reis Maia, que encabeçou um pedido de doação para adquirir novos lençóis para o Hospital Regional de Guajará-Mirim em função da carência desse material naquela unidade hospitalar.
Diariamente também se acompanha pelas rádios da cidade, pedidos e campanhas de doação para ajudar pessoas em dificuldades financeiras e, principalmente, para ajudar no tratamento da saúde.
Precisamos, pois, mobilizar as pessoas e fazer encontros nas escolas e outras instituições. Um programa solidário é mais que dar a quem precisa. É, também uma forma de transformar o coração de quem doa.
Normalmente, em outras cidades do país, um ou outro político cria uma fundação ou instituto com o objetivo de ajudar pessoas carentes e, com isso, angariar votos para as próximas eleições. Aqui em Guajará não temos isso. O político, principalmente aquele com mandato, funciona como “assistente social” e acostuma mal o eleitor com ajuda disso e daquilo, que não vai resolver o problema, só o adia momentaneamente.
Sei que a criação de um programa dessa natureza – de soldiariedade – implica em trabalho e eventuais novas despesas para o município, mas significa, uma vez implantado, melhores perspectivas no relacionamento entre Governo Municipal e população, especialmente a mais carente.
Aluizio da Silva – Administrador de Empresas e Jornalista. Membro-Fundador da Academia Guajaramorense de Letras.