Militares

O Brasil na II Guerra mundial


DIÁRIO DO PODER – NEY LOPES

A semelhança das comemorações que se repetem anualmente na Normandia (França), pelo final da Segunda Mundial, começa a ganhar forma à hipótese de igualmente serem preservadas as tradições nacionais, revivendo a participação heroica da Força Expedicionária Brasileira (FEB) no conflito e a importância estratégica no combate ao “Eixo”, das bases naval e aérea instaladas na década de quarenta, em território brasileiro.

O evento seria semelhante ao encontro dos presidentes dos Estados Unidos e da França, que se repete na Normandia (França), em homenagem ao Dia D, o desembarque aliado na praia de Omaha.

Quando se fala em II Guerra Mundial, não se pode negar a importância fundamental para a vitória “aliada” de dois locais: a praia de Omaha, na Normandia e as cidades de Natal e Parnamirim, no Brasil.

 No chamado dia “D” morreram combatentes na Normandia.

No “Grande Natal” ações militares preventivas evitaram catástrofes fatais para o futuro da humanidade. Hitler já projetara invasão da cidade de Natal, como meio de montar “trampolim de apoio” no ataque maciço ao canal do Panamá, seguido do território americano.

A instalação de unidades militares (Base Naval e Parnamirim Field) – maiores bases das forças americanas fora dos Estados Unidos – abortou o plano nazista e viabilizou o apoio às centenas de aviões, que dia e noite pousavam e decolavam, transportando suprimentos para as frentes na chamada “guerra do deserto”, no norte da África, em resistência ao Eixo (união da Alemanha, Itália e Japão) que avançava.

A posição estratégica global da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, atraiu o Presidente Roosevelt, que a bordo de um “destroyer” americano, atracado na “Rampa” (bairro das Rocas), em Natal, RN, firmou acordo com o Brasil, nascendo à heroica Força Expedicionária Brasileira (FEB).

A proposta em debate seria uma parceria entre os governos federal, estadual e municipal, visando à realização em Natal, de um “Encontro dos presidentes do Brasil e dos Estados Unidos”, em homenagem à histórica “Conferência do Potengi”, realizada em 28 de janeiro de 1943, entre o presidente Getúlio Vargas e o presidente Franklin Delano Roosevelt.

O “encontro dos Presidentes em Natal”, em pleno século XXI atrairia o interesse de todo o mundo, principalmente os norte-americanos pela reverencia prestada a antepassados comuns, que ofereceram a própria vida, em defesa da liberdade.

Além disso, seria uma forma de resgatar a memória nacional, aliás, pouco lembrada, a partir do descaso com que, por exemplo, é cuidado o único Monumento do Brasil no exterior, o Cemitério de Pistóia (Itália), onde foram sepultados 462 brasileiros mortos em combate. Visitei o local e constatei o abandono total na conservação da área.

Resta aguardar se a proposta de homenagear a “Conferência do Potengi” sensibilizará os governos. A iniciativa significaria, uma forma de resgatar e preservar as tradições nacionais e exaltar o papel da nossa Força Expedicionária Brasileira (FEB).

* Jornalista, advogado, ex-deputado federal; ex-presidente do Parlamento Latino-Americano, procurador federal – [email protected] – blogdoneylopes.com.br

Edmilson Braga - DRT 1164

Edmilson Braga Barroso, Militar do EB R/1, formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Rondônia e Pós-graduado em Gestão Pública pela Universidade Aberta do Brasil.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo