CAFÉ DOS EXTRATIVISTAS E MINHA LIGAÇÃO COM O OURO PRETO
[faceturbo]
A PÉROLA DO MAMORÉ
De todos os cafés dos extrativistas realizado em Guajará-Mirim, desde que fui convidado e compareci pela primeira vez, este do último domingo, dia 30 de junho, foi o único que me fiz ausente – e por motivo de força maior.
Minha ligação com o rio Ouro Preto, a Reserva Extrativista do Rio Ouro Preto (Resex Ouro Preto), no município de Guajará-Mirim, na verdade ocorreu a partir de 1995 a convite do saudoro amigo radialista Samuel Barros que visitava constantemente as comunidades localizadas ao longo daquele rio. Mesmo depois da morte do amigo, continuei frequentando e aumentando meu círculo de amizade com aquele povo onde passei muitos finais de semana e bons momentos de minha vida. Ali participava de festas, de partidas de futebol e fiz verdadeiras amizades. Na verdade, sempre fui apaixonado pelas coisas da natureza e creio que isso vem do distante ano de 1958 quando com apenas 7 anos de idade fomos morar no Seringal São Pedro, do rio Caio Spídola, afluente do São Miguel, na região de Limoeiro. O seringal era de propriedade do falecido Arlindo Freitas, e meu padastro Luiz Erich de Menezes era o gerente nessa época. Lá, inclusive nasceu uma irmã minha,a Eliete, que hoje vive em Brasilia, é servidora da Receita Federal do Brasil e casada com o capitão Brandão, do Exército Brasileiro.
Pois bem, como costumava dizer o amigo Wilson Charles no nosso tempo de Rádio Educadora – ainda AM – depois de conhecer e manter contatos com pessoas ligadas ao movimento dos seringueiros – hoje chamados de extrativistas – passei a reforçar esses laços de amizade. E periodicamente ia ao Ouro Preto e normalmente a cada final de semana fica em residência de um ou outro conhecido.
Dias atrás, quando da realização das ações relacionadas à Semana do Meio Ambiente e de medidas adotadas para a exploração do Turismo Sustentável no Ouro Preto, com base no Barracão do Pompeu, fiquei a recordar minhas andanças naquela região. E tenho fotos em meus albuns que comprovam isso. Não é conversa de político, até porque não sou político.
Esse preâmbulo é para dizer que o Rio Ouro Preto não compõe apenas um cenário, uma alegoria ou uma paisagem decorativa, ele sempre foi e sempre há de ser o grande protagonista da vida real naquele lugar que geograficamente conhecem como seringal, mas que no curso da história também se reconhece pelo nome esperança.
O rio e as localidades por ele banhadas testemunham histórias incriveis e memoráveis vividas por seringueiros em décadas passadas e com maior intensidade quando do ciclo da borracha, Ao longo do leito do rio Ouro Preto nasceram muitas pessoas que hoje são minhas amigas. Também faleceram outras, igualmente amigas ou apenas conhecidas, mas seres humanos atores dessa história.
Aos amigos que compõem a Comissão Organizadora do Café dos Extrativistas e a todos quanto vivem ou viveram no Ouro Preto, meus sinceros cumprimentos e dizer da minha satisfação de ter convivido com aquela gente de qual guardo muitas saudades e boas recordações.
Deus abençoe a todos.
Aluizio da Silva é Administrador de Empresas, Jornalista e Radialista. E membro-fundador da Academia Guajaramorense de Letras.