Educação

Parar de culpar a crise pode ser a forma de superá-la


Quem cresceu nos anos 90 já ouviu um adulto usar, pelo menos uma vez na vida, a expressão: “cara feia, pra mim, é sinal de fome”. Essa era a frase recorrente para quando a criança fazia pirraça ou ficava emburrada diante de uma negativa. E, se você foi uma criança dos anos 90, vai lembrar direitinho que essa resposta tão provocativa te deixava ainda mais emburrada ou pirracenta.

Todos já fomos crianças emburradas

Bom, o tempo passou, as crianças cresceram, e o que vemos hoje são vários adultos fazendo cara feia para a crise econômica. Hoje, preocupantemente, ela pode ser, mesmo, sinal de fome: muita gente ficou desempregada ou teve que fechar a empresa por falta de condições financeiras decorridas da recessão pela qual o país vem passando.

Contudo, como aprendemos lá nos tempos áureos da vida, não é ficar emburrado que vai resolver esse problema. Reclamar do governo, dos patrões, dos colegas e da vida pode até surtir um efeito momentâneo de catarse, mas também não vai surtir nenhum efeito a longo prazo.

E estagnar-se diante de um momento tão desafiador e complicado é, definitivamente, o que NÃO VAI fazer você passar por ele com tranquilidade.

Por isso, como diriam os adultos de ontem e de hoje, pare de reclamar da situação financeira do mundo, engole o choro e tome atitudes quanto ao que te incomoda e entristece. Afinal, como dissemos lá no título, parar de distribuir culpas ao invés de propor mudanças pode ser o primeiro passo em busca de como superar a crise.

Como somos muito legais, separamos algumas dicas para te ajudar nesse processo.

Pare de reclamar e arregace as mangas

O governo não está te dando condições de competir por mais clientes nessa crise? Que pena. Isso é, realmente, um golpe duro, mas não pode definir os rumos da sua empresa e da sua carreira profissional.

Ao mesmo tempo em que muitos setores ficam em baixa durante toda a recessão, outros aumentam sua produtividade, pois é assim que o mercado funciona. Por isso, corra atrás das oportunidades onde elas estão, ao invés de ficar se lamentando por aquelas que a crise econômica fez desaparecer.

Às vezes não é aquilo tudo que você sonhou para o seu momento, mas se for o que tem pra hoje, abrace a solução com carinho e vontade. Assim, você se prepara, inclusive, para aumentar seu valor de mercado como profissional, ou o valor do seu produto ou serviço, quando essa crise passar.

Porque, acredite, ela vai passar.

Como superar a crise com criatividade

Você tinha o emprego dos sonhos em um escritório de engenharia, mas a construção civil entrou em baixa e a demissão foi certa. Como a crise econômica afetou todo o setor, encontrar outra oportunidade dentro da sua área de atuação virou tarefa hercúlea, quase missão impossível.

A pergunta que fica é: e agora? Como você vai pagar as contas se o seu mercado entrou em baixa? Não precisa se desesperar, pois a resposta é bem simples: inventando o seu próprio mercado.

Não, não ficamos loucos, nem estamos dizendo que você deve criar o novo Facebook e ficar rico – apesar de isso ser uma ideia válida, é claro. O que queremos te contar é que você tem muitas habilidades além de ser engenheiro, e elas podem te render algum dinheirinho enquanto você não se realoca dentro da sua área de atuação.

É na crise que você descobre oportunidades ocultas, como fazer bolos para fora, passear com cachorros, alugar sua casa em aplicativos de hospedagem, escrever textos para sites de empresas, vender produtos, fazer traduções, dar cursos… enfim, tudo aquilo que você sabe que tem talento para oferecer mas nunca tentou, seja por falta de tempo ou incentivo.

Às vezes, é nessas frentes que você acaba descobrindo sua verdadeira paixão e começa a trabalhar com mais prazer e seriedade – o que, consequentemente, vai acabar te fazendo um bom dinheiro em algum ponto do processo.

É bom lembrar que, hoje, a acessibilidade à educação e conteúdos de qualidade não é mais um fator limitante. Aqui na Profissas mesmo disponibilizamos artigos e cursos que podem te ajudar a se encontrar profissionalmente e dar um gás a mais na sua luta pessoal contra a crise econômica.

A criatividade é uma válvula de escape que pode virar sua primeira fonte de renda. Basta que você se esforce para colocar em prática tudo aquilo que você sabe.

E quando a crise econômica passar?

Existe uma verdade que, de tão clichê, vira mais verdade ainda: é na crise que moram as melhores oportunidades. Nos piores momentos os resilientes se fortalecem e, quando os momentos passam, são eles que ficam pra contar história.

Isso significa que quem desiste de tentar porque “as coisas estão muito difíceis” vai acabar conseguindo resultados bem menos promissores quando elas ficarem fáceis do que aqueles que martelaram possibilidades e tentaram tudo o que podiam.

Um exemplo é aquela gente que, no meio de uma crise gigantesca, resolve fazer um curso. O pensamento de alguns é: “mas você vai gastar dinheiro com um curso enquanto o mundo está acabando?”. Acontece que esse raciocínio é típico de quem não pensa a longo prazo e tende a chafurdar nas crises e reclamar de todo mundo, menos de si próprio.

A educação, nesse exemplo, não é um gasto, e sim um investimento. Enquanto muitas pessoas vão se retrair e esperar a crise passar, outras vão descobrir formas de se preparar profissionalmente para conseguir subir alguns degraus na carreira.

As crises vem e vão, e toda geração vai ter pelo menos uma daquelas que derrubar o barraco – porque se tem uma coisa que a história nos mostra é que governos nunca aprendem com seus erros. A diferença é que vão ter pessoas que sairão delas deprimidas e pessoas que sairão vitoriosas, plenas e com a casca mais dura caso ela volte a ocorrer qualquer dia desses.

Quem reclama da crise está no primeiro grupo. Quem faz algo para mudar sua realidade está no segundo.

E você, de que lado quer estar a partir de hoje?

Fonte: www.profissas.com.br/parar-de-culpar-crise-pode-ser-forma-de-supera-la


Edmilson Braga - DRT 1164

Edmilson Braga Barroso, Militar do EB R/1, formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Rondônia e Pós-graduado em Gestão Pública pela Universidade Aberta do Brasil.

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