POLÍTICA, FAKE NEWS E MULHER
Dentre as distorções que ameaçam o processo democrático de um pleito, estão as fake news e a fraude de candidaturas de mulheres que esta presente em eleições recentes.
Os dispositivos legais existentes são frutos de múltiplos esforços em prol de uma maior representatividade feminina na política. A fiscalização tem que ser fortalecida e é preciso mais celeridade no desfecho dos casos em que poderia haver candidaturas “laranjas”.
Não é o caso de Guajará-Mirim, mas no último pleito se viu e ouviu muito sobre candidaturas “laranjas” de mulheres por esse Brasil afora, onde em alguns casos as “candidatas” receberam verba do partido – dinheiro público – para a campanha e o número obtido foi muito aquém daquilo que poderia ser em função do alto montante recebido.
Por lei, um percentual mínimo de 30% (trinta por cento) do total de candidatos deve ser reservado para candidaturas de mulheres dentro do partido. É uma tentativa da legislação para mudar a distorção das casas legislativas majoritariamente masculinas, ainda que a população feminina do País seja maior que a masculina.
Outra distorção diz respeito ao desvio da verba legalmente repassada para custear a campanha política e passa a ser desviada pelos dirigentes para fins eleitoreiros e pecuniários.
O município de Guajará-Mirim nunca teve uma mulher à frente do Palácio do Mamoré, assim como na Assembleia Legislativa do Estado, e na Câmara de Vereadores de há muito que nenhuma mulher ocupa uma cadeira naquela Casa de Leis.
Uma nova história de Guajará-Mirim começará a ser contada a partir de outubro deste ano após a eleição para a Prefeitura e para a Câmara de Vereadores. A esperança de nosso povo não deve ser relegada a segundo plano. A democracia nos deu o voto como arma para ser usada quando chamados para decidir esse tipo de guerra cívica.
Afinal, o futuro de um povo só depende desse próprio povo.
*Aluizio da Silva é Administrador de Empresas e Jornalista. Membro-Fundador da Academia Guajaramirense de Letras (AGL)