Em Guajará-Mirim, mais de 4 mil doses de vacina contra Covid estragam
O MAMORÉ
O caso será investigado pela Polícia Civil para constatar se a ação foi criminosa.
Uma interrupção no estabelecimento de energia elétrica no prédio do Núcleo de Vigilância Epidemiológica e Ambiental (Nuvepa), no município de Guajará-Mirim/RO, provocou a perda de mais de 4 mil doses de vacinas da CoronaVac e AstraZneca. Entre as doses havia também que era destinada para a Casa do Índio (Casaí) contra a Covid-19.
Policiais militares foram acionados na tarde deste domingo, 16, para atender uma ocorrência de tentativa de furto no Nuvepa, localizado a Avenida Dr. Lewerger, bairro 10 de Abril, onde funciona a rede de frios do município. No local a enfermeira responsável pela rede de frios informou que por volta de 15h30min recebeu a ligação de um vigilante perguntando se era normal o som vindo das câmaras frias e que não possuía energia elétrica no local. A responsável foi ao prédio e acionou um eletricista que constatou que a causa da falta de energia se deu porque alguém teria puxado a fiação principal do prédio que desligou o disjuntor central do local. A responsável afirmou que o eletricista ligou a chave principal e a energia retornou. Ela ao entrar na sala das câmaras frias encontrou água no chão e constatando que as câmaras estavam descongeladas e marcavam 22° C sendo que deveriam estar na média de 2,8° C negativos, estragando 4.200 doses de vacinas imunizantes contra a Covid, destas 453 doses eram destinadas para a Casaí, também ficam armazenadas além das vacinas, soros, insulina e vacina HN1.
A reportagem do jornal e site O Mamoré obteve informações que conforme outro Boletim de Ocorrência, o vigilante antecessor passou 24 horas de serviço e entregou o plantão para o chefe dos vigilantes por volta de 07h40, 40 minutos após o horário que deveria ter saído, ratificando que havia energia elétrica e estava tudo funcionando normalmente. A informação repassada pelo chefe dos vigilantes ao vigilante que assumiu o trabalho extra por volta de 13h50min era que a energia teria ido embora por volta de 10h, ele também perguntou ao responsável o porquê do barulho que vinha de uma sala quando soube que era das câmaras frias e não sabia se era normal o som, momento que o vigilante resolveu ligar para a responsável e perguntar, para sua surpresa testemunhou o trabalho do eletricista e ficou sabendo que alguém teria causado o desligamento do disjuntor principal do prédio e que a responsável encontrou água no chão das câmaras resultando no estrago de mais de 4 mil vacinas.
A Polícia Militar registrou a ocorrência e a Polícia Judiciária determinou a apuração dos fatos para averiguar se a causa foi criminosa, sendo realizada a perícia no prédio. Também o Sevic (Serviço de Vigilância, Investigação e Captura) assume as investigações do caso.