CRESCE ONDA DE ROUBOS E FURTOS EM GUAJARÁ-MIRIM
A localização geográfica da cidade de Guajará-Mirim, que faz fronteira com a Bolívia, sempre foi um agravante para o combate a roubos e furtos nesta cidade que antes sofria com os meliantes levando apenas bicicletas, mas que hoje, em função do progresso e do desenvolvimento natural das coisas, agora é atingida pelos seguidos roubos e furtos de motos, carros e até caminhões, com grande número desses delitos sendo efetuados em outras cidades e estados, mas trazidos para por aqui cruzarem para o país vizinho onde são negociados até mesmo em de drogas.
As chamadas “audiências púbicas” já realizadas jamais surtiram os efeitos desejados e, quando agora são sugeridas, não despertam a menor confiança do povo.
Na verdade, de há muito que as estatísticas sobre o problema só sobem. Quase que diariamente, cidadãos de bem são atacados em via pública e até mesmo dentro de suas próprias residências e submetidos à agressões físicas e verbais, expondo suas vidas e de seus familiares a risco iminente de morte ou de agressões que deixaram seqüelas em suas vidas.
Há uma descrença generalizada entre a população no que diz respeito à atuação das autoridades bolivianas da cidade de Guayaramerin para incrementar uma política de boa vizinhança e celebrar acordos como forma de facilitar a ação da polícia brasileira nesses ações de combate ao crime na fronteira, ao mesmo tempo em que, em seu território, as forças de segurança bolivianas possam reprimir esse tipo de delito e, com cordialidade , pudesse devolver ao solo brasileiro o bem por elas recuperado. Acontece hoje, mas são raras as vezes. O que deveria ser regra e apenas uma exceção.
A descrença também impera entre a população guajaramirense quando se refere às forças policiais brasileiras. É público e notório a grande presença de policiais em Guajara-Mirim, comboio que às vezes impressiona e até assusta a todos. Mas o desempenho não agrada. Com registro de ocorrências de roubo e furto todos os dias, o guajaramirense hoje vive sob o signo do medo e da desconfiança. Ao que tudo indica, falta coordenação em ações dessas forças. Naturalmente que a polícia não tem bola de cristal para saber onde o crime vai ocorrer. Mas tem dados estatísticos sobre os ponto de maiores ocorrência desses delitos. E aí pode definir ações em horários mais freqüentes de tais delitos e reforçar o aparato policial a ser utilizado.
Também as forças policiais, sobretudo as de responsabilidade do Estado de Rondônia, sentem na carne a falta de efetivos para desempenhar melhor a missão que lhes é confiada. Falta efetivo, material humano e material. Lutam bravamente contra o descaso do governo estadual e não podem fazer nada mais daquilo que lhes é possível diante do quadro atual. Mas isto será assunto de um próximo artigo.
Que Deus nos ajude e proteja os lares da família guajaramirense.
Aluizio da Silva é Administrador e Jornalista. Membro-Fundador da Academia Guajaramirense de Letras (AGL)