ACIDENTADO RETORNA PARA CASA, APÓS 37 DIAS HOSPITALIZADO NA REDE PÚBLICA SEM SER OPERADO.
As promessas vazias do Governo de Rondônia para a população têm causado profunda indignação em muitas famílias, principalmente quando se trata da área de saúde, que é uma prioridade e precisa ter as demandas atendidas com eficiência e responsabilidade. Claro que as demais áreas são muito importantes, mas os casos de saúde exigem urgência, porque salvar vidas é uma prioridade e as pessoas ficam impedidas de trabalhar, quando sofrem com problemas de saúde.
Um morador de Guajará-Mirim, o Lucas Flores Rodrigues, muito conhecido na cidade como o Lucas do Caipirão do Santa Luzia, sofreu um acidente de moto no município, há cerca de 37 dias. No acidente, ele teve fratura em uma das pernas e precisou ser encaminhado ao Hospital e Pronto Socorro João Paulo II, em Porto –Velho. Em virtude da negligência das autoridades e da situação precária da unidade de saúde, ele ficou no corredor, em uma cadeira de rodas, situação muito incômoda para um ser humano com uma fratura na perna. Após vários apelos de diversas pessoas, ele foi colocado em um leito onde ficou por 12 dias, sem nenhum atendimento. Em seguida, foi encaminhado ao Hospital Santa Marcelina, na BR 364, local em que passou mais 08 dias, recebendo apenas água e comida. Neste período, Lucas não recebeu a visita do médico nenhuma vez. Retirado do Hospital Santa Marcelina, sem que nenhum procedimento fosse feito, ele foi encaminhado, desta vez, ao Hospital de Base, unidade que realiza cirurgias de alta complexidade. Lucas Rodrigues precisava fazer uma cirurgia de platô tibial do joelho, mas ficou por 20 dias no HB e não realizou a cirurgia.
Nesta segunda-feira, 01 de novembro, Lucas Flores pediu alta e retornou para sua residência em Guajará-Mirim, tendo ficado todo esse período sem receber o atendimento necessário. Ele diz que reconhece a gravidade do caso, mas tem mais medo de uma infecção hospitalar, já que ele tem uma fratura no joelho. Agora, sem ter recebido o atendimento adequado na rede pública de saúde, Lucas Flores pretende pedir ajuda de parentes e amigos, para tentar fazer a cirurgia em um hospital privado. Ele lembra que conheceu vários casos em que pessoas com problemas semelhantes acabaram contraindo infecção e deixaram o hospital dentro de um caixão. É lamentável que situações como esta aconteçam nas unidades de saúde do estado, quando o governador faz discursos vazios dizendo que tem milhões de reais em caixa. Esses milhões de reais sobre os quais o governo faz propaganda política são totalmente incompatíveis com a realidade dos hospitais públicos da capital de Rondônia.
Em vídeo gravado esta semana, Lucas Flores fala dos momentos vividos entre o João Paulo II, Santa Marcelina e Hospital de Base. Ele aproveita para fazer um apelo ao governador Cel. Marcos Rocha, ao Secretário de Saúde, Fernando Máximo, e aos representantes do povo de Rondônia na Assembleia Legislativa do Estado. A situação vivida por Lucas Flores durante esses mais de 30 dias não é uma exceção nos hospitais do Governo de Rondônia. Infelizmente muitas outras famílias sofrem com o abandono e o descaso das autoridades e muitas vidas já foram perdidas em função desta clara omissão. É necessário que as autoridades adotem medidas rigorosas contra os descasos, para evitar que pessoas percam a vida nos corredores dos hospitais, enquanto governantes fazem discursos eleitorais em diversos municípios.
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Fonte: Agora Guajará
