Bolsonaro alimenta esperança de correções na “reestruturação das carreiras” ao admitir que há desigualdades entre as carreiras dos militares e que é preciso agir “por dever de justiça”
REVISTA SOCIEDADE MILITAR – ROBSON AUGUSTO
“ Por dever de justiça acabei de assinar um decreto que coloca em situação de igualdade com as demais forças o quadro especial de sargentos da Força Aérea…”, disse o presidente ao assinar o Decreto que permite a promoção dos QESA.
O presidente da república, ao assinar o documento, alterou a carreira dos militares do quadro especial da Aeronáutica, permitindo que possam ser promovidos até a graduação de segundo-sargento, o que já ocorria nas outras duas forças armadas.
Sondamos a reação dos militares nessa terça-feira após a divulgação do evento na FAB.
Na opinião de militares ouvidos pela revista Sociedade Militar, a medida se concretizou graças a muita pressão e em decorrência de uma mobilização intensa e ininterrupta de militares dos quadros especiais, principalmente dos que já estão na reserva remunerada.
Durante a tramitação da reestruturação das carreiras o Ministério da Defesa deixou claro por diversas vezes que não havia intenção de tratar dos problemas dos militares dos quadros especiais. Estes receberam algumas palavras duras de parlamentares e do próprio MD que na época era o general Fernando Azevedo.
Com a admissão de que de fato a situação era uma injustiça, muitos têm renovada a esperança de que ainda é possível reaver as perdas do pessoal já na reserva remunerada e pensionistas.
Ao que tudo indica, a pressão sobre parlamentares e Ministério da Defesa deve continuar.