Política

Acordos no submundo


Arrebatados pelo canto da sereia, incautos conservadores e neófitos na política caem sem resistência na armadilha rasteira do antagonismo psicótico que, antes de tudo, objetiva, em primeiríssimo lugar, os destruir quando colocarem no poder a vermelhada para os quais trabalham e das quais nasceram.

Em razão disto tenho muito dó ao ver os vermes da terceira via enxovalhando a “Nova Ordem Brasileira”, tanto quanto alguns bons nomes da direita sofredora no Brasil se lançarem açodados em manobras diversionistas. Os primeiros por conta de sua entranha “comunofacista” e os demais em busca de estrelato ou de sucesso na vida pública.

Para molecada “terceiroviista”, vassala do finório FHC, dos Moros, dos Amoedos e de outros que tais, aí nem digo nada porque, a exemplo do cacique tucano – que para o País sempre foi mais nocivo que o “Ogro Descondenado” – nesta altura do campeonato, os considero igualmente perniciosos para a luta dos patriotas.

Porém, para os tipos Abraham Weintraubs da vida, que insolentemente resolveram agora, em companhia de uns estreantes na política, desafiar a liderança do Capitão e estupidamente subestimar a sua experiência na luta de três décadas contra a bandidagem nos três poderes da República, inventando que estão sendo preteridos pelo “Centrão Corrupto”, a estes rogo compromisso com a causa, mais humildade e menos soberba, porque “olho gordo não entra na China”, como ensina o ditado popular.

Também faço um alerta. O lugar que vocês estão querendo chegar já está ocupado há muito tempo pela “petralhada” ladra e inconsequente, pelos sociais comunistas, pelas sanguessugas do suor de nossa gente, pelos chupins da máquina pública, pelos sindicalistas, pelos parasitas das associações classistas, pelas turbas do MST e do Boulos, pela “artistalha rouanet”, pela imprensa das mãos sujas, aos quais a Nação Verde e Amarela disse um sonoro não em 2018 e, no futuro, dirá aos senhores igualmente.

Com isso a única coisa que estão conseguindo, por desmedida ganância de poder, é dar pelancas aos “Contras”, em um verdadeiro desserviço ao Brasil.

De há muito é consabido que, no cenário político nacional, os poucos líderes ou governantes que, combatendo o establishment corrupto e venal, conseguiram realizar uma gestão séria e competente, aí, então, o pobre passou a ter sérios problemas e a sofrer dura oposição (ou traição) por parte de alguns correligionários, ávidos por notoriedade e por sucesso na carreira política.

A propósito vou relembrar um episódio que bem demonstra o que quero falar. Era o ano de 1965, no final do governo Carlos Lacerda. Ninguém me contou não e não li em canto algum. Eu vi acontecer. Eu estava lá e presenciei o fato em um dia que acompanhava meu velho pai, um dos “prefeitinhos” ou um dos cincos titulares das inéditas e bem-sucedidas “Administrações Regionais”, com as quais o Governador descentralizou sua gestão no governo do antigo Estado da Guanabara.

Chegou o dia em que Lacerda anunciaria a indicação do nome que, pela velha União Democrática Nacional – UDN, concorreria à sua sucessão. No meio político só se falava no combativo e destemido Deputado Amaral Neto, grande líder do governo na Assembleia. Estava certo e tudo o mais, mas com a genialidade de sempre Lacerda surpreendeu e anunciou o nome do Professor Flexa Ribeiro, seu Secretário de Educação, com quem pretendia transformar o ensino no Brasil a partir do Estado mais importante da Federação.

Na data marcada para a anunciação, durante um almoço na casa do empresário e leal amigo do governador, Guilherme da Silveira (Silveirinha), dono da Fábrica de Tecidos Bangu, na zona Oeste do Estado, diante da surpresa que gelou os presentes, tomou a palavra o Deputado Amaral Neto, demonstrando estar mais desprestigiado e ofendido do que devia ou do que podia.

Com um discurso para lá de violento, que invocava o passado de Lacerda como jovem comunista, chamou o Governador de descarado traidor e daí para baixo. Depois de muita ofensa pessoal ainda ousou interpelá-lo acerca das razões por mais aquela traição a ele e à UDN. Foi, então, que se finou!

Lacerda – que habitualmente fulminava seu opositor com uma só frase – com seu vozerio inconfundível e invulgar presença de espírito, respondeu mais ou menos assim: Não prometi a você, ao partido ou a quem quer que fosse indicá-lo como meu sucessor, mas agora eu explico: Amaral, não lhe escolhi porque, como você próprio acaba de demonstrar ao ser contrariado, “você tem todos os meus defeitos, mas nenhuma de minhas qualidades e o povo da Guanabara merece gente melhor do que nós”. Dito isto, se retirou do recinto, aplaudido de pé pelos presentes.

Mais um argumento. Bolsonaro tem que conviver com o “Mandarinato” satanista do STF, mas este lado podre da Instituição foi posto lá pelos vermelhos. O Capitão tem que seguir negociando com a podridão do Parlamento, mas esta canalha foi eleita por muitos de nós no passado, pelos “Contras” basicamente e pela turba “terceiroviista” de hoje. O Presidente e sua equipe têm que trabalhar e fazer o País progredir apesar das rasteiras e dos entraves da “esquerdalha delinquente”, mas se pode falar, com segurança, que ele pessoalmente jamais votou em ninguém desta classe política que enxotou de dentro do Planalto.

É preciso dizer para esses “Novos Contras” que a tal falácia da oposição relativa ao “Centrão Corrupto” nunca foi em defesa da coisa ou da moralidade pública, porque se fosse para o bem, nunca ao tal grupo teria se aliado para roubar. O propósito dos vermelhos era isolar o Capitão e impichá-lo por falta de base parlamentar. Prestem atenção seus neófitos e, a exemplo do episódio do velho Amaral Neto, não sejam tão pretenciosos.

As quadrilhas de FHC a Temer e seus caciques se uniram ao Centrão foi para buscar no lado podre deste bloco parlamentar apoio para dilapidarem o País. A diferença com o Bolsonaro e com sua equipe é que essa aliança é pontual, é para viabilizar as ações governamentais e não admite roubo ou malversação da verba pública e se alguém tentar, então leva, ao vivo e em cores, uma tesoura voadora no pescoço, como estão todos cansados de saber. Entenderam agora, seus aprendizes de feiticeiros?

Eu não digo que no Centrão somente há santos ou santarrões, mas sustento que os espertos que lá estão sabem e temem Bolsonaro, como a Camorra – a Máfia Italiana – temia os “Aliados” na 2ª Grande Guerra, mas ao exército Americano se integrou e muito ajudou para a vitória contra os nazistas de Hitler e de Mussolini, no “DIA D” e para vencer a Itália fascista, mas esta é outra história da qual um dia falo.

Desde seu início que este governo sabe que anda sob o fio da navalha, como andam o bom policial no trato com seus informantes; como acordam os verdadeiros membros do Ministério Público em relação aos delatores nos “acordos de delação premiada”, mas não se envolvem, não se misturam e não se vendem.

Gostaria que um “criticante bestalhão” daqueles me dissesse se acha mesmo que alguém, de qualquer bloco partidário ou partido aliado ao governo do Capitão, teria a coragem de propor uma obra superfaturada ao Ministro Tarcísio de Freitas; talvez um contratinho fajuto com a caterva das ONGs para Ministra Danares ou quem sabe um favorecimento fiscal ou a garantia de mais um cartel sempre ruinosos para o País ao Ministro Paulo Guedes ou coisas desta ordem?

Três anos de governo, inúmeras entregas, programas e obras realizadas, estatais dando lucro de sobra, contas públicas em ordem apesar do desastre de uma pandemia mundial e nada de corrupção ou de notícias nas páginas policiais, nem as veiculadas pela imprensa torta e militante, que outrora eram diárias.

Isto se chama de liderança, de experiência, de competência e de patriotismo e muita autoridade para circular até pelas hostes do inferno sem se chamuscar nem deixar que nosso povo queime no mármore do tinhoso. Tudo isso está aí para quem quiser conferir, mas ainda há uns cretinos de uma figa dizendo que fariam melhor. É duro, mas vamos lutando.

Fonte: assinante.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/36109/acordos-no-submundo


Edmilson Braga - DRT 1164

Edmilson Braga Barroso, Militar do EB R/1, formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Rondônia e Pós-graduado em Gestão Pública pela Universidade Aberta do Brasil.
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