A maioria dos manifestantes que desde 1 de novembro se reúnem no campo da Brigada, em Porto Velho, vai passar a noite de Natal numa vigília cívico-cristã e realização de uma ceia compartilhada, o que deve alterar a tradicional reunião familiar de ficar em casa.
Para um empresário de Cujubim, “Um fato que chama a atenção é que, como em outras cidades, temos manifestações pacíficas e aquilo que aconteceu em Brasília pode sinalizar que não foi do pessoal acampado que partiu, mas isso é assunto para quem está investigando o caso”
“Não queremos violência, apesar do que de maneira geral jornalistas de grandes empresas nos chamarem até de desordeiros, como aliás aconteceu com pelo menos um site daqui. Aliás, é só dar uma olhada que, depois de quase dois meses reunindo todos os dias centenas, e às vezes milhares de pessoas, o que temos aqui é uma confraternização”, em síntese o que o repórter ouviu de várias pessoas.
“Eu e minha família viremos para aqui. Entendemos que é importante estar com os familiares, mas este ano temos um motivo especial para mudarmos o local da confraternização e fazermos juntos, uma oração pelo Brasil”, disse uma aposentada que desde o início da manifestação como ela lembrou “batemos ponto aqui”.
Durante todo o período delegações dos vários municípios rondonienses chegam à manifestação, em frente ao antigo quartel da 17ª Brigada, “e aqui fazemos amizade com pessoas que nem pensávamos existir, até já começaram uns namoros”, como frisou uma assistente social.
“É melhor que ficar em casa vendo televisão, porque aqui tem gente da minha idade para brincar’, conforme duas crianças, uma delas citando que só na Manifestação conheceu uma prima que veio do distrito de União Bandeirantes.
