OS REGATÕES DO RIO ABUNÃ
Aldenir Courinos Lima (*)
A foto nos faz lembrar por ocasião da Segunda Guerra Mundial, quando haviam muitos mercados para os regatões, que realizavam a compra de borrachas dos seringueiros e a seguir esses produtos eram vendidos aos grandes seringalistas.
Neste empreendimento lembramos os senhores Aristides Rosas Blard, Gualter Ribeiro, os irmãos Alder e José Lima, os irmãos Bandeira coordenados pelo irmão mais velho Marcondes, e tantos outros vencendo a navegação, do Rio Abunã, impulsionando suas pequenas embarcações empreendido com esforços e dedicação.
Naturalmente a reativação dos seringais os regatões e seringueiros, tiveram suas participações implantando suas novas metas nos abastecimentos que tornaram colaboradores sem a anuência dos seringalistas. Buscavam os remanescentes do extrativismo pelos meios de sobrevivência das suas famílias, suporte e assistência em outros recursos.
Navegando pelo Rio Abunã, com as condições que dispunham, com a finalidade nas aquisições de pelas de borracha. A comercialização das trocas de mercadorias, realizadas nos seringais, eram mais intensivas através das vilas de Plácido de Castro (compras) e Fortaleza do Abunã (vendas).
Também nesse intercâmbio comercial seringueiros obtinham acesso aos produtos como objetos de trabalho, armamentos, remédios e até bebidas alcoólicas, coisas que eram escassos e inexistentes nos seringais, por obstáculos dos próprios seringalistas.
Para se ter uma noção absoluta os regatões eram possuidores de convivências tênues e menos conflituosas, levando em consideração que o único Rio Abunã, no mesmo espaço de operação, que era mantidos por eles.
Faço este registro para demonstrar o que tenho o grande valor das pessoas que mantinho essa finalidade, que hoje seria muito difícil voltar acontecer.
Agora só lembranças saudosas dos Regatões do Rio Abunã.
(*) Nascido em Abunã, funcionário aposentado do Banco de Crédito da Amazônia, atual Basa, é radioamador.