A dura vida dos extrativistas no período de coleta da castanha
Antigamente os seringueiros que habitavam os seringais de Guajará-Mirim viviam sob o domínio e dependiam da boa vontade do patrão para trabalhar, e duro, pelo pão de cada dia da família.
Nós tempos atuais, repleto de modernidades e avanços tecnológicos, a situação pode se dizer que melhorou, mas continua difícil em função da distância dos grandes centros, das intempéries, da ausência de políticas públicas, mormente nas áreas de saúde e educação. A par de toda e qualquer dificuldade, os extrativistas (antigos seringueiros) seguem firmes na missão de lutar pela sobrevivência na imensidão da selva amazônica. Como ocorre tradicionalmente, no período invernoso, sem a tarefa de cortar seringa, que paralisa nesse período, eles se voltam para a coleta, conhecida como corte, da castanha, um produto que, assim como a borracha atual, voltou a sofrer uma considerável valorização.
E nessa saga eles enfrentam os perigos da selva, a distância existente entre os castanhais, a seca dos rios e igarapés que ocorrem em várias regiões em função das mudanças climáticas e com determinação e amor ao trabalho, seguem a luta na busca pela sobrevivência honesta da família de cada um.
A Agente Comunitária de Saúde, Raimunda Queiróz, que há anos atua na área da Reserva Extrativista do Rio Ouro Preto, no município de Guajará-Mirim, participa dessas ações ao tempo em que exerce suas funções como servidora municipal da Saúde, vive na reserva e também precisa sustentar a família, daí a necessidade de participar desses trabalhos para reforçar o orçamento familiar.
As fotos e vídeo a seguir mostram um pouco da vida desses extrativistas do Rio Ouro Preto em trabalhos nas localidades de Boca Larga e Igarapé do Bicho.
Fonte: A Pérola do Mamoré com texto de Aluizio da Silva (DRT-RO n* 0549) e fotos da comunidade extrativista do Rio Ouro Preto.