COMO FRITAR UM OVO
Por: Luiz Albuquerque
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Certo dia, numa palestra, o palestrante quis dar um exemplo prático de como as pessoas podem ser tão diferentes na forma de agir, mesmo quando fazem a mesma coisa. A plateia não era grande, entre trinta e quarenta pessoas, todos funcionários de uma certa empresa. Ele falou: “Gente! Vamos analisar como as pessoas podem ser tão diferentes em relação a coisas até bem comuns de se fazer. Quem, aqui, sabe fritar um ovo ou gosta de ovos fritos? Por favor, levante a mão”
Quase todos levantaram as mãos. Ele olhou para a primeira fila e perguntou para a moça que estava sentada na ponta:
“Por favor, pode me explicar como você gosta de preparar ou de comer ovos fritos?”. Ela explicou:
“Eu os frito com óleo, bem passados e mexidos. Gosto de colocar no pão e comê-los como sanduíche”.
“E você?” Perguntou ao rapaz sentado ao lado dela. Ele disse
“Também gosto de ovos bem passados, porém inteiros, inclusive a gema. E coloco dentro do pão”.
“E você?” Apontou para uma mulher sentada na segunda fila.
“Ah! Eu Aprendi com meu marido. Gosto deles no ponto, nem crus e nem bem passados, mas com a gema inteira, um pouco mole”.
Já um outro gritou: “E eu gosto deles só levemente fritos, quase crus, pois mantém as proteínas e o gosto”.
Outro falou: “Ah! Mas os ovos são bons, mesmo, só levemente cozidos e dentro de uma xícara, com sal e manteiga”.
Daí em diante foram sendo relatados diversos métodos de preparar e saborear os ovos, inclusive feito panqueca, gemada e bolinho. E por mais de meia hora os participantes conheceram diversos modos de como preparar ovos fritos, pouco ou muito diferentes uns dos outros. Conclusão: naquela sala de aula conheceram uma gama de maneiras de fazer ovos para o café da manhã.
Isso nos faz pensar em quantas vezes tentamos impor nosso “modo de fritar ovos” sem nos importar em como o outro gostaria de comê-los. Quando agimos deste modo, impomos nossa opinião como a única solução “certa”, às vezes sem deixar espaço para que os outros mostrem suas próprias opiniões, e assim perdemos uma bela oportunidade de aprender a fazer as coisas de outro modo. Inclusive de como fritar ovos.
Com experiências deste tipo, mudamos nosso modo de agir ao tomarmos consciência das diversas formas que as pessoas veem ou gostam de uma mesma coisa. Aprendemos a respeitar suas opiniões, seus gostos, suas ideias, suas posições.
Faz lembrar uma frase, que diz: “Eu posso até não concordar com você, mas respeito suas opiniões e ideias e luto pelo direito de você divulgá-las e defendê-las”