A 28 de fevereiro de 1987 o homem que virou lenda na Amazônia foi para o Valhalla. Se Getúlio Vargas escreveu que saía da vida para entrar na história, esse personagem amazônico, muito antes de entregar a alma a Deus, já fazia parte da história.
Antes, uma explicação: Valhalla é o “Salão dos Mortos”, mas não acessível a qualquer um dos que já partiram, ainda que tenham seus méritos, o que respeito e enalteço, no “Valhalla”, conforme a tradição viking, era para onde iam os grandes guerreiros daquele povo lendário.
Um guerreiro que fez grandes coisas não só para Rondônia, terra que tomou mais como sua do que muitos aqui nascidos ou dos que daqui se aproveitaram, e com o qual eu nunca estive em boas relações pessoais, e no qual eu apenas buscava o que poderia render uma boa matéria jornalística.
Como dizia o historiador Francisco Matias, nele sempre estávamos a beber da boa fonte. Em meu caso muitas vezes discordava, condenando o que considerava excessos ou, como faço até hoje, quando o elogiam por obras que não foram suas.
Creio que, até para borrar sua biografia, é citado por aquilo que não fez, como tendo mandado abrir avenidas de acesso do porto do Cai n’Água à estação rodoviária de Porto Velho, ou que mandou abrir a BR-364.
Gaúcho de nascimento e amazônida por adoção, Jorge Teixeira é o homem-lenda da Amazônia.