Fluxo turístico cai 30% no Rio Mamoré, na fronteira de Guajará-Mirim com a Bolívia
Diminuição das travessias é reflexo da falta de combustíveis em outras cidades do estado. Serviço é uma das bases econômicas do município
O fluxo turístico na região de fronteira entre Guajará-Mirim (RO) e a Bolívia caiu 30% nos últimos dias, segundo divulgou nesta terça-feira (29) o Sindicato das Empresas Navegantes (Sindinav). A travessia de passageiros no Rio Mamoré é uma das principais atividades econômicas da região.
diminuição das viagens é uma das consequências da greve dos caminhoneiros, que já dura mais de uma semana em vários pontos do país. Apesar da onda de manifestações, em Guajará-Mirim e Região não houve trechos bloqueados.
Por conta da falta de combustíveis nos postos, muitos turistas optararam por não viajar até a fronteira com medo de não conseguirem retornar ou porque não tiveram condições de completar o trajeto.
Ainda segundo o Sindinav, em média são feitas 1,4 mil travessias todos os dias, com aumento gradativo nos feriados e finais de semana, porém nos últimos dias foram cerca de mil travessias, o que é um número abaixo da expectativa do setor.
Outro fator que influenciou na baixa do fluxo turístico foi o protesto de exportadores contra o Decreto 99704/1990, que regulamenta o canal de exportação entre o Brasil e a Bolívia, especificamente na fronteira de Guajará-Mirim e Guayaramerín.
Apesar da greve, a cidade não enfrentou graves problemas em relação ao comércio, conforme declarou a Associação Comercial na última semana. Não houve grandes filas ou pânico nos postos e não foi necessário fazer racionamento de alimentos, gás e água mineral.
Fonte: G1/RO/JUNIOR FREITAS / A Pérola do Mamoré.