Em maior ação da força de intervenção, militares trocam tiros com traficantes na Cidade de Deus
Militares e policiais trocam tiros com facção em operação de grande porte na Cidade de Deus.
Por: Luis Kawaguti
Do UOL, no Rio de Janeiro
Militares e policiais em operação de grande porte contra facção criminosa no Rio As Forças Armadas iniciaram na manhã desta quinta-feira (7) uma operação de segurança de grande porte na Cidade de Deus e em outras cinco favelas da região
de Jacarepaguá. A ação ocorre sob intensa troca de tiros e provocou o fechamento da estrada Grajaú-Jacarepaguá, uma das vias expressas mais importantes da região.
A operação começou por volta das 6h. Militares e policiais entraram na Cidade de Deus em blindados Guarani e Urutu. Traficantes soltaram fogos de artifício para alertar comparsas sobre a chegada de forças de segurança.
Logo em seguida começou um intenso tiroteio. A reportagem do UOL ouviu grande quantidade de disparos e rajadas de fuzil. O confronto inicial durou cerca de 20 minutos, depois os sons de disparos foram reduzidos.
Além da Cidade de Deus, a operação também ocorre nas favelas Gardênia Azul, Outeiro, Vila do Sapê, Parque Dois Irmãos e Morro da Helena.
A ação mobiliza 4.600 militares e 760 policiais – o maior efetivo desde o início da intervenção federal no Rio, além de blindados e helicópteros. Ela faz parte de um esforço dos interventores para estabilizar grandes favelas dominadas pelo crime organizado na zona oeste da cidade.
O objetivo da operação é enfraquecer a facção criminosa Comando Vermelho e abrir caminho para que policiais do 18 Batalhão da Polícia Militar reassumam o controle da região. A região é habitada por cerca de 200 mil pessoas.
Essa é a segunda vez que as Forças Armadas fazem uma operação de grandes proporções nessa área da zona oeste do Rio em menos de um mês. No dia 18 de maio, o foco foi em favelas do bairro da Praça Seca, em Jacarepaguá, também área
de responsabilidade do 18 Batalhão.
A estratégia da intervenção é reequipar e reestruturar esse batalhão da PM e ao mesmo tempo usar as Forças Armadas para ajudar a unidade a estabilizar e retomar o controle em sua área de atuação.
Essa região da zona oeste é considerada instável por ser palco de disputas entre facões criminosas e milicianos.
Entre os meses de março e abril a intervenção adotou estratégia semelhante para fortalecer outro batalhão da PM, o 14, de Bangu, responsável por áreas de favelas como Vila Kennedy, Batan e Vila Vintém.
Segundo a intervenção federal, as operações ostensivas das Forças Armadas em favelas do Rio consideradas ações de caráter emergencial. Elas acontecem em paralelo a mudanças de bastidores que visam reequipar, melhorar a gestão e
reestruturar as polícias do estado.
Fonte: UOL/montedo.com