Comércio com a Bolívia: impasse continua, mas “PEC-PECS” são momentaneamente liberados
O impasse no transporte de mercadorias para a Bolívia continua na nossa faixa de fronteira e já ultrapassa 30 dias desde a entrada em vigor da nova normativa dos órgãos fiscalizadores brasileiros.
A medida impacta negativamente na economia das duas cidades fronteiriças, com prejuízo maior para os comerciantes brasileiros que tiveram queda brusca e acentuada em suas vendas para o lado boliviano, além de impedir o trabalho de dezenas de pais de famílias que viviam do serviço de embarque e desembarque de mercadorias nas embarcações de pequeno porte, chamadas de “rabetas” pelos brasileiros e de “PEC-PEC” pelos bolivianos.
A reportagem do site A Pérola do Mamoré busca na manhã de hoje ouvir o presidente da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Guajará-Mirim (ASCIGM), mas foi informada por funcionárias da entidade que o presidente Márcio Badra encontrava-se em viagem para fora do município.
A reportagem também apurou que o transporte feito pelos “PEC-PEC” foi liberado, mas não se sabe até quando vai essa liberação. Aliás, essa liberação permite que mercadorias no valor de até 2 mil dólares por cupom fiscal, sejam transportadas para a Bolívia. Acima desse limite, não.
A verdade é que até o momento nada de concreto foi resolvido pelas autoridades em Brasília e, ao que se sabe via imprensa, é que a Receita Federal, através de seu alto escalão, não aceitou nenhuma das propostas apresentadas pelo Governo do Estado, deputados federais, senadores e empresários. Quando vai terminar esta batalha, ninguém sabe. E “mientras tanto”, como dizem os irmãos bolivianos, os dois povos da fronteira vão acumulando prejuízos.
Fonte: A Pérola do Mamoré