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Fiscalização do Coren-RO flagra irregularidades em 10 instituições de saúde de Guajará-Mirim


O Conselho Regional de Enfermagem do Rondônia (Coren-RO) realizou no período de 13 a 17 de agosto, a execução do cronograma de fiscalização na cidade de Guajará-Mirim. A ação acompanhada pela presidente do Coren, Silvia Neri, conselheiro Celso Perote, juntamente com a equipe de fiscais, teve por objetivo averiguar o exercício profissional, condições de trabalho, instalações das unidades, recursos humano e apurar denúncias. A equipe vistoriou 10 instituições, entre rede hospitalar e unidades básicas de saúde, detectando inúmeras irregularidades que comprometem diretamente na qualidade do serviço de saúde prestado à população.

Conforme averiguação o Coren identificou problemas que vão desde a parte estrutural precária, falta de profissionais de enfermagem, falta de equipamentos, materiais de insumo, ausência de enfermeiro em locais onde são desenvolvidas ações de enfermagem, medicamentos vencidos e em más condições de armazenamento, entre outras.
A coordenadora do Departamento de Fiscalização, Marisa Miranda, ressalta que além do problema maior ser a falta de enfermeiros, principalmente nas instituições de grande porte, como Hospital Regional e Hospital Bom Pastor, a saúde pública do município encontra-se numa situação crítica e de completo abandono. “Encontramos Unidades abandonadas em condições precárias e desumanas de prestar assistência aos pacientes e desrespeito aos profissionais que precisam desempenhar suas atividades em ambientes inadequados sem as mínimas condições de trabalho”. Apontou à coordenadora.
Outra situação identificada e grave que chamou atenção da fiscalização foi à falta de profissionais de outras da área saúde, o que faz com que com os profissionais técnicos e auxiliares de enfermagem exerçam a função que legalmente não cabem a eles, tais como procedimento de reanimação sem habilidade e técnica para isso, uma vez que dentro da equipe de enfermagem somente o enfermeiro tem amparo legal para realizar tal procedimento.
Além disso, o Conselho detectou à falta de cuidado na esterilização de materiais e dos instrumentos usados pelos profissionais do município, uma situação que preocupa, tendo em vista que não havendo um processo de esterilização adequado e seguro coloca em risco os usuários.
A presidente do Coren, Silvia Neri, avaliou de forma positiva o trabalho da equipe que cumpriu todas as metas estabelecidas e que o resultado da operação vai dar um novo panorama pra que novas ações judiciais possam ser desencadeadas, caso haja necessidade. “A atual gestão do Coren-RO, tem percorrido as instituições de saúde com o intuito de avaliar e identificar problemas relativos ao exercício profissional da enfermagem e condições de trabalho ofertadas aos profissionais em relação aos aspectos técnicos e de segurança que colaboram para possíveis prejuízos a saúde dos usuários, nosso objetivo é conseguir abranger cada vez mais os municípios do Estado”. Afirma a presidente.
Instituições de saúde vistoriadas – Hospital Regional Perpetuo Socorro, Hospital Bom Pastor, Centro de Saúde Carlos Chagas, Posto de Saúde Altamiro Barroso, Posto de Saúde Irmã Maria Salete, Casa de Apoio a Saúde Indígena, Presidio, Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS), Posto de Saúde Delta Oliveira Martinez, Centro de Saúde Sandoval Meira.
Diante da situação a prefeitura de Guajará-Mirim, assim como todas as Unidades fiscalizadas foram notificadas a sanar os problemas com prazos concedidos, sob pena de não cumprimento, será dado procedimento administrativo a ser instaurado no âmbito deste Regional. O Conselho reforça que o Hospital Bom Pastor foi reiterado com recomendações as desconformidades, tendo em vista que existe em andamento ação judicial movida em desfavor da instituição para adequação de irregularidades apontadas em inspeções anteriores. O Relatório conclusivo da fiscalização será encaminhado aos demais órgãos de controle e defesa para conhecimento e ás providências necessária.
Fonte: Portal Guajará.

Edmilson Braga - DRT 1164

Edmilson Braga Barroso, Militar do EB R/1, formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Rondônia e Pós-graduado em Gestão Pública pela Universidade Aberta do Brasil.
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