Defesa Civil deve retirar famílias de áreas ribeirinhas, em RO
REDE AMAZÔNICA – Nathalia Monteiro
Retirada está prevista para começar na próxima segunda-feira (4), em Porto Velho. Motivo é por ação preventiva para garantir a segurança da população que vive na área.
Por conta da elevação do nível do Rio Madeira, em Porto Velho, a Defesa Civil local deve iniciar uma ação preventiva que objetiva garantir a segurança da população que vive em área de risco. Uma delas está a retirada de algumas famílias ribeirinhas do local, que deve começar na próxima segunda-feira (4).
Do dia 30 de janeiro até o último sábado (2), as águas do Madeira subiram para 15 metros, ultrapassando, assim, a cota de alerta do órgão.
Mas a previsão da Defesa Civil é de que o nível do rio siga elevado com chances de alcançar a marca dos 17 metros durante o inverno amazônico – quando as chuvas são mais intensas. A retirada das famílias que moram em áreas ribeirinhas deve começar na segunda-feira (4).
“A prefeitura já está aqui com as famílias tomando as devidas providências. Vamos encaminhar para a Secretaria Municipal de Assistência Social caso precise ser retirada. Nós iremos assistir também com apoio logístico, caso precise sair na condição de desalojar. Para isso, a gente têm que estar monitorando o Rio Madeira e também as margens do rio, que são essas estradas”, disse o coordenador do órgão, Marcelo Santos.
A dona de casa Rosângela da Silva, por exemplo, que mora na comunidade de Maravilha há 10 anos com a família, foi a primeira a ser retirada do local pela Defesa Civil no ano passado. No ramal, segundo o órgão, o Madeira já cobriu parte da estrada que dá acesso à comunidade de Niterói.
Ao receber a notícias do alto nível do rio em 2019, ela lamentou ter que sair de casa mais uma vez. “A gente fica em um beco sem saída porque eu não tenho parente. Os estranhos que ajudam a gente”, disse.
“Eu não queria, mas é previsto sair. Então, não posso fazer nada”, relatou a moradora.
“Olha que numa época dessa a gente fica sem estrada e fica andando só de canoa para ir à cidade. É muito ruim”, contou a dona de casa Diamima da Costa França, que também deve ser uma das pessoas a precisar sair do local.
O coordenador da Defesa Civil, Marcelo Santos, garantiu que a Secretaria Municipal de Assistência Social irá trabalhar com o órgão em comum acordo para resolver o problema.
“A prefeitura e as outras secretarias do executivo dando apoio logístico também para essas famílias nesse primeiro momento. O Rio Madeira está subindo e a tendência é subir mais e nós temos que trabalhar antecipado com a prevenção e nosso plano de contingência”, concluiu.