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O tribunal da Audiência Nacional da Espanha aceitou o pedido dos advogados e anunciou que Sandro Rosell e seu sócio Joan Besolí ganharam liberdade condicional


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O tribunal da Audiência Nacional da Espanha aceitou o pedido dos advogados e anunciou que Sandro Rosell e seu sócio Joan Besolí ganharam liberdade condicional, sem fiança, até a sentença do julgamento por fraude fiscal e organização criminal.

De acordo com reportagem do jornal catalão Mundo Deportivo, a comunicação foi seguida de gritos de “liberdade”, choro e abraços dos réus com familiares e amigos. Os dois retornarão à cadeia Soto del Real para recolher os pertences e sair depois de quase dois anos de prisão preventiva, 643 dias detidos.

Terão os passaportes retidos e deverão comparecer de novo nas audiências de segunda e quarta-feira da semana que vem. – Foi reexaminada a situação pessoal dos processados e, tendo em conta que superaram os 21 meses de prisão preventiva, próximo ao máximo legal, fica acordada a liberdade sem fiança e com medidas cautelares – explicou a Audiência Nacional.

O atual presidente do Barcelona se manifestou sobre a liberdade de Rosell. Entenda o caso Rosell é acusado de cobrar taxas irregulares na venda de direitos televisivos de jogos da seleção brasileira na época em que era dono da Alianto Marketing, antes de ser presidente do Barcelona, e Ricardo Teixeira, seu amigo pessoal, era presidente da CBF.

Sandro estava detido desde maio de 2017, quando o Supremo Tribunal da Espanha expediu uma ordem de prisão.

As investigações, segundo a imprensa espanhola, mostravam que desviou essas transações para contas não associadas ao seu nome – o que configuraria lavagem de dinheiro. – Negociamos a compra, 50% para mim e outro para Joan Besolí. Minha empresa foi a intermediária.

Temos sede em Andorra, mas é tudo legal. Não havia dinheiro público. Não paguei nenhuma comissão a Teixeira, não é o caso. Se tivesse feito, não seria ilegal, mas não fiz – disse Rosell na semana passada, em entrevista à rádio espanhola RAC1.

O caso começou a ser apurado em 2015, quando uma série de dirigentes do alto escalão da Fifa foram alvos de uma operação e presos durante um congresso da entidade.

A partir dali, uma série de suspeitas de esquemas de suborno e propinas foram desvendadas ao redor do mundo.

Empresário de marketing esportivo, Sandro Rosell foi diretor da Nike no Brasil e responsável por negociar o contrato com a CBF para que a empresa americana se tornasse a fornecedora de material esportivo da Seleção.

Em 2010, foi eleito presidente do Barcelona e ocupou a vaga de Joan Laporta.

Antes, eram aliados, depois se tornaram inimigos políticos. O mandato de Rosell no Barça durou quatro anos, até sua renúncia, em janeiro de 2014.

A saída aconteceu depois de ser acusado de fraude fiscal na contratação de Neymar em 2013. Foi inocentado após um acordo entre a diretoria do Barça e a Justiça para que a pena fosse assumida pelo clube como pessoa jurídica.

Rosell também foi alvo de investigação por sua participação na empresa Ailanto, que em 2008 foi responsável pela organização do amistoso entre Brasil e Portugal. Tal empresa, que não tinha histórico na organização de eventos desse tipo – foi criada apenas cinco meses antes do evento -, teria recebido R$ 9 milhões pelo trabalho na partida.

A suspeita é de superfaturamento com passagens aéreas da delegação brasileira, hotéis para jogadores de ambas as equipes e contratação de outros serviços.

O advogado de Sandro Rosell, Antenor Madruga, informa que tanto seu cliente como a empresa Ailanto Marketing foram absolvidos de todas as acusações que sofreram no Brasil.


Edmilson Braga - DRT 1164

Edmilson Braga Barroso, Militar do EB R/1, formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Rondônia e Pós-graduado em Gestão Pública pela Universidade Aberta do Brasil.

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