EM DEFESA DOS VEREADORES
A PÉROLA DO MAMORÉ
Não tenho procuração para defender vereador nenhum e tampouco tenho cargo comissionado na Câmara Municipal. Mas como cidadão, filho de Guajará-Mirim e com muitos anos de atuação no serviço público em níveis estadual e municipal, tomei a liberdade de traçar algumas linhas em defesa de nossos edis.
Prá início de conversa, dentre os inúmeros problemas que eles enfrentam diante da população estão o descrédito, a falta de estrutura para desenolvimento de um trabalho mais abrantenge e eficaz, e a cobrança indevida por parte do eleitorado. A propósito, em quase todo o país os vereadores enfrentam semelhantes problemas.
Taxados de receberem altos salários e nada fazerem (parece que recebem mensalmente algo na casa dos 3 mil e poucos reais), alguns não têm outra atividade. E em muitos casos têm que atuar como uma espécie de assistente social. Isso vem de anos e ocorre devido a necessidade de ajudar eleitor a pagar conta de luz, ajuda para o gás, etc. porque só apresentando plano de trabalho não se elege.
São os vereadores que recebem as primeiras demandas da população e as principais críticas, pois vivem o dia a diadas pessoas e muitos confundem o trabalho do legislador achando que eles podem atuar como Poder Executivo. Não podem.
Por ser o político mais próximo da população, o vereador é o primeiro a ser cobrado pelo povo. E o surgimento das redes sociais serviram como instrumentos para denegrir com ataques e acusações (muitas vezes falsas) da pessoa do vereador. Por mais que se faça algo relevante, importante para o município, quase sempre o ato ou fato é ignorado pela população.
Concomitantemente, por trás desses ataques tem sempre alguém jogando mais gasolina no fogo porque almeja no próximo pleito uma eventual candidatura a um cargo eletivo. O bom da democracia é esse fato do cidadão poder manifestar-se de maneira livre. Contudo, a lberdade não deve – e nem pode – transformar-se em libertinagem, sob pena de a pessoa vir a responder judicialmente por acusação de calúnia ou infâmia.
Ao fim, Guajará-Mirim há tempo se ressente de ações políticas capazes de transformar o quadro atual, que é de desâimo e abandono de tudo e de todos. Mas os políticos que temos estão atuando, bem ou mal, mas não estão omissos. E me parece que somente a união de forças, independente de viés ideológico e sigla partidária, seria capaz de modoficiar a situação. E nomeando pessoas certas e capacitadas para o exercício de cargos e funções nos dois poderes.
*Aluizio da Silva é jornalista – DRT-RO nº 549