GUAJARÁ-MIRIM – 90 ANOS DE HISTÓRIA – Aluizio da Silva
A PÉROLA DO MAMORÉ
Segundo as fontes consultadas e livros que ensinam a História de Rondônia, nossa Guajará-Mirim teria surgido como um vilarejo a partir do ano de 1912 quando da conclusão da construção da lendária Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM), construída pelo governo brasileiro para honrar compromisso com o governo boliviano, com a finalidade de escoar a produção boliviana destinada à exportação, visto que a Bolívia não possui mar, e fruto de um acordo firmado quando da assinatura do Tratado de Petrópolis, em 1903, para resolução da questão do Acre e cujas negociações foram conduzidas pelo Ministro Barão do Rio Branco.
A Lei nº 911. do Estado do Mato Grosso, de 12 de julho de 1928. elevou o povoado de Guajará-Mirim à condição de município. Fazíamos, pois, nessa época, do Mato Grosso.
Em 13 de setembro de 1943, pelo Decreto-Lei nº 5.812, Guajará-Mirim foi desmembrado do Mato Grosso para se integrar ao Território Federal do Guaporé, criado pelo Presiddente Getúlio Vargas; depois, Território Federal de Rondônia e hoje, Estado de Rondônia.
Responsável pelo lançamento no mercado de produtos bolivianos e do Vale do Guaporé.Guajará-Mirim torna-se um centro comercial de importância no passado.
De Manoel Boucinhas de Menezes, nosso primeiro prefeito (à época dava-se o nome de Intendente e era nomeado) a Cìcero Alves de Noronha Filho (agora eleito), Guajará-Mirim completa 90 anos de vida, visto que foi criado em 12 de jilho de 1928, mas só instalado em 10 de abril de 1929; Daí o aniversário ser comemorado nesta data.
Ao longo de sua vida, perdeu terras importantes e férteis como Costa Marques, Pedras Negras e mais recentemente Nova Mamoré, todas emancipadas e hoje prosperas e quem as “pariu” parou no tempo.
Guajará-Mirim, cognominada de A Pérola do Mamoré por suas belezas naturais, de há anos que enfrenta dificuldades de toda ordem e a classe política não se entende – ou não entende e nem atende os anseios da população.
Sem a presença de indústrias, continuamos com a principal economia sendo a “economia do contracheque”, pelo fato de o serviço público nas três esferas federal, estadual e municipal, ser o principal empregador.
De tantas belezas naturais, Guajará-Mirim precisa focar na exploração do turismo. O ruim é que aqui tudo que é bom procuram acabar. Foi assim com a festa dos Bois, os arraiás juninos, os festivais de músicas, os festivais de praias, etc.
Ao completarmos 90 anos de emancipação político-administrativa, reforçamos a idéia de que “o idealismo do povo guajaramirense precisa se tornar realidade”.
Parabéns, amada terra! E que Deus continue derramando Sua bênção sobre todos nós.
Aluizio da Silva é filho de Guajará-Mirim