Política

Rondoniense desconhecido no estado e poderoso no Ibama nacional é quem manda queimar e destruir equipamentos durante operações ambientais


EXPRESSO RONDONIA

Ele é o coordenador geral de fiscalização ambiental. É antigo e sua palavra tem peso de ouro dentro do Ibama, em nível nacional.

OPINIÃO DE PRIMEIRA – Em relação ao Ibama, há ainda muito assunto a ser comentado. Por partes: irritada, a responsável interina pelo Ibama de Rondônia, Janete Santos, questionou à coluna sobre quem a informou do fato publicado na edição desta quinta, em que ela, por ser a comandante do órgão,  deveria ter autorizado ou ao menos sido informada da destruição de máquinas e equipamentos em Cujubim, fato que mereceu reprimenda do presidente Jair Bolsonaro, no noticiário nacional. Dona Janete queria saber se o jornalista viu algum documento assinado por ela, autorizando a ação destrutiva dos fiscais. Perguntada se não foi ela quem autorizou, quem teria sido então, a chefe interina do órgão não respondeu, dizendo apenas que o jornalista deveria se informar melhor, para não publicar coisas que desconhece. Ora, como o comandante, mesmo que interino, de um órgão tão importante como o Ibama, não teria conhecimento dos detalhes de uma operação de tal envergadura, que mereceu, no final, até um protesto do presidente da República? Se desconhecia e não autorizou, qual o papel da servidora no órgão? A informação aqui divulgada o foi baseada no raciocínio lógico: se há um chefe e se alguma ação foi praticada por funcionários do órgão que esse chefe comanda, ele não sabe de tudo o que está se passando ou vai se passar? Se não sabe, então, está fazendo exatamente o que, à frente de um organismo vital como o Ibama? Puro raciocínio lógico! Mas daí veio o segundo ponto do mesmo tema…

SÓ BRASÍLIA É QUEM NOS PUNE!

Num outro cenário, o raciocínio não é lógico, por muito estranho! Uma informação que chegou à coluna torna a situação muito complicada. As operações do Ibama em Rondônia seriam decididas por Brasília, sem sequer passar pela superintendência regional, a última a saber. Aliás, pelo que o colunista ouviu ontem, a equipe nacional do Ibama é praticamente a mesma, afora o novo presidente e um dos seus assessores diretos. Todos os demais que mandam e desmandam, ainda são dos tempos dos ex-presidentes Lula e Dilma.

E são eles quem decidem sobre o que fazer nas operações, inclusive dando ordens para a queima e destruição de equipamentos, sem consultar ou ouvir o comando regional do órgão. Um dos que comandam essas operações, no Ibama nacional é um rondoniense, Renê Luiz de Oliveira , muito poderoso, que está há anos no cargo. É um dos poucos que podem  autorizar operações de quebra e incêndio de máquinas, caminhões, tratores e outros equipamentos. Ele é o coordenador geral de fiscalização ambiental. É antigo e sua palavra tem peso de ouro dentro do Ibama, em nível nacional. Ou seja, a ser verdade essa novidade, desconhecida do grande público, os servidores do Ibama regional, incluindo a superintendente interina, Janete Santos, são mesmo apenas figuras decorativas. Somos punidos é pelos poderosos de Brasília. Como sempre fomos!

LAERTE: “TERROR NO CAMPO”

Sobre o tema, ainda, vale a pena relembrar as duras críticas que o deputado Laerte Gomes, presidente da Assembleia Legislativa, fez contra essas ações esdrúxulas, feita seguidamente em Rondônia; “tenho criticado sempre a ação dos agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais e Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que queimam máquinas e equipamentos de produtores rurais, durante suas operações. O desrespeito dos agentes do Ibama e do ICMBio com os nosso produtores, com quem trabalha e produz, é inaceitável. Não  podemos nos calar ante essa situação tão revoltante, que merece a repulsa de toda a sociedade. Sob argumento diverso, o Estado lança a mão de leis que podem transformar o dia de trabalho no campo, em um verdadeiro terror”. Laerte é mais uma autoridade a se pronunciar contra esse abuso, autorizado a partir de uma lei secundária e, se confrontada com a Constituição, totalmente absurda. O governo Marcos Rocha já acabou com essa nojeira, que também era praticada por fiscais da Sedam. Agora, os equipamentos apreendidos são retirados e doados ao DER, que os usará em suas obras, em favor da população rondoniense.

OS COVARDES ATACAM ATÉ NAS SALAS DE AULA

Eles sabem que não terão quem os confronte. Não temem a polícia, porque se forem presos, em breve estarão nas ruas de novo. Não importa que estejam armados, que sejam covardes, que ataquem pessoas indefesas, num local que deveria ser sagrado. Lá na frente, a lei que os protege vai colocá-los livres em breve, para que continuem cometendo os mesmos crimes. Se ferirem alguém? Ah, talvez se incomodem um pouco. Se matarem alguém? Um pouco mais de problemas, mas se condenados, logo  terão benefícios para comemorar o Dia das Mães, o Dia dos Pais, o Dia da Avó e por aí vai. Se pegarem 10 anos de condenação, em pouco mais de um ano e meio estarão nas ruas, sob o manto de benefícios sem fim, feitos sob medida para incentivar o crime e para proteger bandidos, nunca suas vitimas, jamais a sociedade. Enquanto o Congresso brinca de trabalhar, ignorando o pacote anticrime e anticorrupçãpo proposto por Sérgo Moro, só as leis de aval à marginália e aos direitos humanos do crime continuam valendo. Inclusive para a dupla de canalhas e covardes que atacou a Escola Tancredo Neves, no bairro Caladinho, zona sul da Capital. Usando uniformes do próprio educandário, como se fossem alunos, eles entraram na escola, armados e ameaçando matar meio mundo, fizeram uma limpeza, roubando mais de 50 celulares. Vagabundos, com revólveres nas mãos, não se preocupam em esconder os rostos, mesmo sabendo que estavam sendo filmados por câmeras de vigilância que, no final das contas, não servem para nada. De que adianta serem filmados, se entram e saem das escolas como querem, ameaçam e avisam que vão voltar; dizem que matarão quem denunciá-los à  polícia que, claro, quando chega, não acha mais nem sinal dos bandidos?

O que mais entristece a todos e deixa as vítimas desesperançadas, é que, mesmo que sejam presos, criminosos como esses jamais terão punição á altura do crime que cometeram. E os que ficaram sob as ameaças das armas, todos apavorados e alguns traumatizados para o resto de suas vidas, em breve andarão nas ruas e se encontrarão, cara a cara, com aqueles que os ameaçaram e que vão ameaçá-los de novo. Que país é esse onde bandidos dessa laia têm mais direitos dos que aqueles pobres coitados a quem eles maltratam, quando não ferem ou matam? Até quando vamos suportar isso? Afinal de contas, o novo governo brasileiro, eleito para mudar tudo isso, vai fazê-lo ou vai ficar repetindo ladainhas, enquanto o crime se expande e os bandidos continuam rindo das nossas caras?  Nós, todas as vítimas, ainda temos um pouco de esperança. Mas certamente não vamos esperar mais uma década e meia, como o fizemos nos governos esquerdistas, vivendo sob o tacão de bandidos, enquanto nossos governantes lavavam as mãos e discursavam em defesa dos direitos dos criminosos. Vamos aceitar passar por tudo de novo?

DEFESA DA AMPLA LIBERDADE

Importante a opinião do governador Marcos Rocha sobre a questão da censura, tema que está na pauta do país, desde que a decisão dos ministros Dias Tofolli e Alexandre de Moraes determinaram a retirada de uma matéria publicada na revista Crusoé contra o próprio Toffolli. Rocha divulgou, nas redes sociais, o seguinte texto sobre sua posição em relação ao controvertido assunto. “Preservar o livre direito de expressão é um dever de todos os Poderes que têm como missão serem os guardiões dos princípios que regem a democracia. Sou contra qualquer cerceamento dessa liberdade. De opiniões jornalísticas às piadas. Ações contrárias a isso são graves e devem ser vistas como tal. A partir do momento em que estabelecemos um limite, cultivamos juízos perigosos para a diversidade de pensamentos. O Estado deve trabalhar em prol desses pilares que sustentam a liberdade e não o contrário!”. Com essa posição, clara, o Governador garante seu apoio irrestrito à ampla liberdade de pensamento e de imprensa. São palavras fortes, em defesa da liberdade de expressão que, se espera, sejam cumpridas à risca durante sua administração.

DE OLHO EM EYDER BRASIL

O deputado Eyder Brasil está começando na política, mas, mesmo no pouco tempo em que está atuando no meio, recém-eleito pela primeira vez para um mandato, está demonstrando talento e jogo de cintura para conviver neste complexo mundo. Líder do Governo na Assembleia, ele destaca o apoio do parlamento rondoniense às ações do governo Marcos Rocha, sempre que elas são do interesse maior da comunidade. Eyder é o entrevistado de Sérgio Pires no programa Direto ao Ponto deste final de semana, que vai ao ar neste sábado, a partir das 10h30 da manhã, na Record News Rondônia, Canal 31 na TV aberta e 331 na SKY. À noite, a gravação, na íntegra, já estará disponível no site www.gentedeopiniao.com.br. No bate papo, o parlamentar do PSL fala sobre suas ações, sobre os 100 dias de governo de Jair Bolsonaro e do próprio Rocha; do combate à corrupção; da possibilidade da volta de vigilantes para as escolas e de muitos outros temas. Entre eles, a possibilidade de que ele possa disputar a Prefeitura da Capital no ano que vem. Vale a pena acompanhar o Direto ao Ponto, com um personagem que começa a se destacar no contexto da política rondoniense.

RONDÔNIA NA CONTRA MÃO

Rondônia foi um dos dois únicos Estados brasileiros onde houve aumento no número de mortes violentas no Brasil. Nos primeiros dois meses do ano, no geral, a notícia neste quesito foi positiva, em nível nacional,  pois o número de assassinatos caiu em torno de 25 por cento em relação ao mesmo período do ano passado. Mas nós, aqui nesse cantinho do país e também o Amazonas, fomos na contra mão dessa significativa diminuição. O número de mortes violentas em Rondônia cresceu quase 4 por cento sobre janeiro e fevereiro de 2018 e o Amazonas também aumentou, mas um pouco menos: 3,3 por cento. Os aumentos foram pequenos e não chegaram a dois dígitos em nenhum dos casos, mas, mesmo assim, mostram um movimento contrário ao resto do país. Há ainda uma particularidade ainda pior nos números rondonienses, relacionados com os crimes de morte mais violentos: do total de assassinatos, quatro deles foram de mortes cruéis contra mulheres. Nos números nacionais sobre a queda de crimes no país, o mais positivo foi sobre a região nordeste. No Ceará, por exemplo, houve uma diminuição de quase 58 por cento nas mortes. Lamentavelmente, Rondônia está na contramão da diminuição da violência que assola o Brasil.

PERGUNTINHA

Você acha que apenas o sistema de câmeras de vigilância pode resolver os casos de ataques de criminosos contra escolas ou considera que só a volta dos vigilantes pode combater à altura esse tipo de violência?


Edmilson Braga - DRT 1164

Edmilson Braga Barroso, Militar do EB R/1, formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Rondônia e Pós-graduado em Gestão Pública pela Universidade Aberta do Brasil.

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