PORTAL GUAJARÁ
Com seus salários atrasados e muitos reclames acerca da atuação do novo secretário da Pasta, funcionários da Saúde, líderes de conselhos e grupos sindicais lotaram o Plenário da Câmara Municipal na manhã de quinta-feira (12), no intuito de pedirem auxílio do órgão legislativo quanto às pendências em questão.
Com início às 09 horas, a reunião teve seus momentos de consensos e também de discussões acaloradas entre os próprios agentes da saúde por conta de opiniões que divergiam em pontos críticos. Já na abertura, o chefe do Sindicato da Saúde de Guajará-Mirim (Sinsag), Francisco Tobias, disse que não há mais diálogo entre o servidor da Saúde e o Secretário Douglas Dagoberto, que responde pela pasta. A depender dos critérios do líder sindical, o secretário de Saúde não se sustenta mais no cargo público que hoje está a frente.
Presente ao evento, o dentista e ex-vereador Célio Targino fez uso da palavra e deu seu apoio incondicional à causa. Além do atraso no pagamento dos funcionários, Targino também elevou ao auge dos debates a questão do PCCS dos empregados da Saúde e a falta de condições de trabalho. Em relação ao atraso no pagamento, ressaltou que o secretário teria sido no mínimo omisso deixando os funcionários da Saúde no prejuízo, sem dinheiro para pagar as contas, remédios e com saldos negativos em empréstimos bancários gerando como consequência juros sobre juros.
Mais enfático, o líder de Conselho Everaldo Rodrigues apontou que hoje o clima na Saúde é de guerra por conta da postura do secretário que persegue, ameaça funcionários e obriga-os a cumprirem metas de produção sem dar condições essenciais de trabalho. “O secretário de Saúde só está fazendo confusão e causando revolta entre os funcionários que por se verem em sufocos estão pedindo a sua cabeça. A saúde tem que ser tratada com respeito”, desabafou.
Atento à todos os reclames, o presidente do Parlamento Guajaramirense, advogado Sérgio Bouez (PSB), se pronunciou dizendo que antes de qualquer coisa o Poder Legislativo está de portas abertas para atender de forma cordial e humana a todos os estratos sociais. “A Câmara trabalha em prol das melhorias para os cidadãos de todos os âmbitos e setores da cidade visando sanear os anseios e demandas que tem chegado todos os dias à Casa de Leis”.
Em seguida disse não concordar com o destrato com o servidor público e que qualquer detentor de cargo funcional tem que tratar bem seus demais sem distinção. “No serviço público o traquejo e a educação nas relações humanas é ponto de partida para que as coisas funcionem em perfeita harmonia. Exigir sim o trabalho do servidor, mas sem assédio moral”, pontuou.
Em relação ao secretário, explicou que apesar de o mesmo pertencer ao quadro funcional da Câmara Municipal, não o indicou para assumir a pasta da Saúde: “O Secretário foi cedido pela Câmara à prefeitura para trabalhar na Secretaria de Administração, ficando assim à disposição do prefeito, nada tendo a ver a Câmara e nem sua presidência com a influência em sua nomeação para a Secretaria de Saúde”.
Ao término de seu discurso, garantiu que vai conversar com o prefeito e com o Secretário a fim de que se resolvam este e outros impasses com relação à situação do servidor da Saúde.
Também se fizeram presente à reunião os vereadores Roberto do Mercado (PMN), Raimundo Barroso (PMN), Adanildson Sicsú (PC do B), Kerlinger Brito (Podemos), Isaac Lucas (DEM) e João Vanderlei (PDSC).
Cerca de cem pessoas assinaram o livro de presença.
