A PÉROLA DO MAMORÉ – ALUÍZIO DA SILVA
Qualquer cidadão em sã consciência sabe o quanto é difícil chegar à condição de prefeito de um município, mormente quando esse município chama-se Guajará-Mirim.
Municípios de grande porte como Porto Velho, Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal e outros em Rondônia, que tem uma economia definida, forte e abundantes fontes de receitas próprias, sofrem problemas de toda natureza, imaginem Guajará-Mirim que, como em décadas passadas, continua basicamente sobrevivendo da chamada “economia do contracheque”.
Sem querer responsabilizar administrações passadas, a atual assumiu um município falido e cheio de dívidas que, por força de dispositivos legais, têm que ser sanadas, sob pena da máquina administrativa parar de vez. Isto está sendo equacionado e os débitos pagos, comprometendo sobremaneira os recursos do município.
O recebimento de emendas parlamentares é um meio paliativo, mas muito útil ao município. A falta de pagamento dos tributos por parte dos munícipes ( entre os mais importantes está o IPTU) também é prejudicial devido a falta de arrecadação para investimentos nos diversos setores do município.
Embora enfrente barreiras, o atual prefeito tem buscado soluções em todas as esferas governamentais. Mas é humanamente impossível, como dizia o saudoso prefeito Chiquinho Nogueira, se resolver todos os problemas criados há anos em tão pouco tempo de mandato.
As críticas pipocam nas redes sociais e nos grupos de WatsApp, mas a maioria são de parte de pessoas interessadas no fracasso da administração e com um olho na sucessão em 2020. E seria hipocrisia negar essa condição. Não sabem esses pseudos conhecedores de economia e da forma de administrar um município, das dificuldades que existem e dos poucos recursos existentes e disponíveis, além das ações governamentais esbarrarem nas barreiras impostas pela legislação vigente.
Feito esse balanço – ou análise da situação – pergunta-se: “Por que todo mundo quer ser prefeito de Guajará-Mirim”?
Aluizio da Silva é Administrador e Jornalista. Membro-Fundador da Academia Guajaramirense de Letras (AGL). Servidor Público Estadual aposentado pelo Governo do Estado de Rondônia como Técnico Administrativo Educacional
