Graves “Equívocos” em declaração do MINISTRO DA DEFESA podem ter induzido aprovação de projeto que lesa oficiais e praças das Forças Armadas que foram para a reserva após o ano 2000
REVISTA SOCIEDADE MILITAR
Essa semana a polêmica gerada pela questão PL-1645 retornou para a grande mídia. Em resposta à questionamentos feitos por Jorge Vasconcelos, do Correio Brasiliense, o Ministério da Defesa demonstrou ressentimento contra graduados que teriam militado politicamente no Congresso Nacional em busca de modificações no projeto de reestruturação das forças armadas.
Segundo artigo publicado em 27 de janeiro, a DEFESA disse que um grupo de militares teria tentado atrapalhar a tramitação do pl1645: “…o referido grupo, inclusive, tentou atrapalhar a tramitação do PL 1.645 por possuir interesses eleitorais”
AS FALAS DOS GENERAIS
Ao longo das últimas semanas a Revista Sociedade militar tem sido alertada por vários leitores sobre algumas declarações graves feitas pelo Ministro da Defesa em audiência pública na Câmara dos Deputados. As falas de Fernando Azevedo teriam colocado em descrédito relatórios e palestras de diversos graduados que se reuniram com parlamentares e apontaram erros no PL1645. As declarações do general, que teriam divergindo da realidade, acabaram por fazer com que parlamentares entendessem a coisa de forma equivocada e acabassem votando a favor do governo, acreditando que – ao contrário do que os graduados diziam – aprovando o PROJETO 1645 NÃO ESTARIAM PREJUDICANDO parcelas significativas das Forças Armadas.
O Ministro Fernando Azevedo declarou – o que pode ser comprovado pelo vídeo abaixo – que militares que foram para a reserva a partir de 2000 recebem integralmente em seus bilhetes de pagamento o tempo total de serviço prestado às Força Armadas. Militares apontam ainda que a coisa não teria indícios de que foi um deslize de discurso na medida em que o referido general reiterou seguidamente a própria declaração.
Palavras de Fernando Azevedo “como aqueles que tão na reserva a partir de 2000 tem integralmente o tempo de serviço que o jovem sargento, o jovem oficial não tem… e é compensatório… ao contrário, nós tamos tentando levar o pessoal que está na carreira ao que o pessoal da reserva já tem até mais”
UM BILHETE CONFIRMA A RECLAMAÇÃO
Segundo militares ouvidos basta observar o bilhete de pagamento de qualquer militar que foi transferido para a reserva entre 2001 e 2019 e se perceberá facilmente que o seu adicional de tempo de serviço é menor que o tempo que efetivamente prestou serviço.
Recebemos cópia de bilhete de militar que foi para a reserva em 2015.