Luiz Felipe Barbiéri, G1 — Brasília
Ministro da Saúde teve um encontro com mais de 130 prefeitos para tratar do programa de imunização contra a Covid-19. Data depende de aprovação da Anvisa para uso emergencial das vacinas Coronovac e da Astrazeneca.
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Após uma reunião com o Ministério da Saúde nesta quinta-feira (14), prefeitos disseram que, de acordo com o ministro Eduardo Pazuello, a vacinação contra a Covid-19 começará em todo o país na quarta-feira (20) da semana que vem. A data depende de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberar o uso emergencial das vacinas Coronovac e Astrazeneca. A decisão da Anvisa sai no domingo (17).
“De acordo com @ministropazuelo, próxima segunda chegam as 2 milhões de doses da Astrazeneca para estados. Há também as 6 milhões da Coronavac. Anvisa liberando domingo, distribuem na terça para iniciar na quarta, dia 20. Ou seja: 8 milhões de doses para janeiro”, escreveu o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), em uma rede social.
Algumas outras prefeituras que saíram da reunião informando que o governo marcou a data do dia 20 foram as de: Salvador, Curitiba, Cuiabá, Maringá, Ribeirão Preto, Aracaju e Araucária (PR).
“Em Curitiba, vamos vacinar primeiro os grupos prioritários. Os 70 mil profissionais de saúde, e todos os idosos de Curitiba, que são perto de 300 mil pessoas”, afirmou o prefeito Rafael Greca (DEM). “Será em 20 de janeiro”.
Procurado pelo G1, o Ministério da Saúde ainda não confirmou a data. Pazuello recebeu mais de 130 prefeitos. A maioria participou virtualmente.
O presidente da Frente Nacional dos Prefeitos, Jonas Donizete, ex-prefeito de Campinas, afirmou que eventual atraso no voo que vai buscar doses de vacina na Índia pode alterar a data.
“Embora tenha sido mencionado a data do dia 20, às 10h da manhã, essa data está pendente deste dois fatores: da logística de voo e da aprovação da Anvisa”, afirmou.
5 milhões de vacinados
Donizette explicou que cinco milhões de brasileiros serão vacinados neste primeiro momento, de acordo com a explicação dada pelo ministério.
Desses, dois milhões receberão a primeira dose da vacina da farmacêutica Astrazeneca, produzida pela Fiocruz. Outras três milhões de pessoas receberão duas doses da vacina Coronavac, produzida pelo instituto Butantan. A primeira na semana que vem e a segunda 21 dias depois.
“São 2 milhões da Astrazeneca e dois milhões de brasileiros vacinados. A Coronavac, tem mais produzidas, mas o pedido de autorização emergencial foi para 6 milhões de doses. Na Coronavac, as prefeituras receberão as doses, mas se receber mil doses, vai aplicar 500 e guardar as outras 500 porque depois de 21 dias vai ter que aplicar a segunda dose”, explicou.
Ele ressaltou, como já vinha dizendo o governo, que alguns grupos serão prioritários no início da vacinação.
“Não é verdade que serão apenas capitais. As vacinas serão distribuídas com três critérios. Primeiro idosos em instituições de longa permanência. A segunda [fase], devem ser imunizados 70% dos profissionais de saúde que trabalham na linha de frente. E os prefeitos pediram profissionais da educação. Eles devem receber até abril”, afirmou.
Doses
A Frente Nacional dos Prefeitos disse ainda que, na reunião, Pazuello apresentou a seguinte previsão de quantas doses de vacina o país terá nos próximos meses. O valor é cumulativo, ou seja, a quantidade dos meses anteriores também é contabilizada nos seguintes:
- Janeiro: 8 bilhões
- Fevereiro: 30 milhões
- Abril: 80 milhões
Equipamento
Jonas Donizete também disse que a maioria das cidades tem quantidade suficiente de agulhas e seringas para iniciar a vacinação.
“A gente vai passar para o ministro uma ideia de como estão as cidades. E para isso eu fiz uma conversa antes com os prefeitos. A notícia boa para a população é que a maioria das cidades está preparada para a vacinação, com seringas, agulhas”, afirmou.