Nas tetas – Gastos da cúpula das Forças Armadas e politização da caserna podem atirar a reputação dos militares no fundo do poço
REVISTA SOCIEDADE MILITAR
A vigilância exercida pela grande mídia sobre todas as ações dos militares nunca foi tão intensa, mas para muitos a culpa é dos próprios generais que não resistiram e ingressaram de peito aberto no governo Bolsonaro.
Comentários de próprios militares nas redes sociais apontam que ao invés de permanecer dedicados aos assuntos ligados a caserna, muitos oficiais de fato cederam ao chamado “canto da sereia” e em busca de poder, influência e altas remunerações, assumiram cargos comissionados mesmo ainda estando na ativa, como é o caso do General Pazuello, general Rego Barros e general Ramos. Ainda nas redes sociais muitos apontam que os generais ministros teriam utilizado seu poder e influência para aprovar uma reestruturação das carreiras que teve como principal objetivo privilegiar a cúpula das Forças Armadas no que diz respeito a salários.
As Forças Armadas chegaram em pouco mais de um ano ao ponto de ser confundidas com governo, hoje quando se critica um general, quando se aponta um erro cometido dentro de um quartel, a coisa é sem qualquer dúvida entendida como uma critica contra o governo Bolsonaro.
Não se passa uma semana sem que um escândalo envolvendo militares seja levantado pela grande mídia. Uma busca rápida no google Brasil pelos termos “forças armadas” + Brasil hoje resulta em mais de 9 milhões de resultados, o que demonstra que os militares de fato estão na “boca” não só da grande mídia, mas também em milhares de sites, blogs e fóruns de discussão.
O mais novo escândalo
Nos jornais durante os últimos dias apontou-se o excesso de gastos feito pela cúpula das corporações com a alimentação da elite fardada.
Dez parlamentares do PSB apresentaram representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a abertura de inquérito para apurar as despesas das Forças Armadas com a compra de bacalhau, salmão, filé mignon e uísque, itens de luxo que foram bancados com verba pública…
O excerto acima é encontrado no correio Braziliense de 18 de março.
Segundo os parlamentares do PSB, novamente ‘chama a atenção a compra de itens sofisticados’ pelas Forças Armadas: foram 9,7 mil quilos de filé de bacalhau, 139 mil quilos de lombo de bacalhau, 438 mil quilos de filé de salmão e 1,2 milhão de quilos de filé mignon bovino
Nas redes sociais de militares, frequentadas majoritariamente por militares de camadas médias das forças armadas, sargentos, suboficiais e tenentes, muitos ressaltaram que em todo o seu tempo na ativa nunca teriam se alimentado com salmão ou file mignon.
Segundo o CB, o Ministério Público já estaria apurando o excesso de gastos, bem como a compra de “picanha e cerveja”. Parlamentares do PSB comentaram que: “chama a atenção a compra de itens sofisticados’ pelas Forças Armadas: foram 9,7 mil quilos de filé de bacalhau, 139 mil quilos de lombo de bacalhau, 438 mil quilos de filé de salmão e 1,2 milhão de quilos de filé mignon bovino“.