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Reajuste para os militares ainda é possível. Com greve de servidores há 3 possibilidades, em duas delas os militares ficam de fora


REVISTA SOCIEDADE MILITAR 

A pressão pela reposição inflacionária cresceu depois que Bolsonaro falou em conceder reajustes salariais para os policiais. Outras categorias do funcionalismo passaram, em uma grande escalada, a questionar a própria dificuldade e muitas já fazem paralização. A discussão sobre o assunto e o temor que o governo possui de ter de tratar com uma onda de greves poucos meses antes das eleições acaba trazendo a possibilidade de reajuste salarial para os militares das Forças Armadas, que já haviam ficado de fora dos planos do presidente Jair Bolsonaro.

O governo somente ia conceder aumentos para a polícia federal e algumas categorias ligadas à segurança pública. Mas, após a onda de reclamações o Ministério da Economia já estuda algumas possibilidades.

A primeira opção seria conceder apenas uma espécie de abono, na forma de auxílio alimentação no valor de 400 reais. A opção é a mais econômica pois seria apenas para os servidores civis e em atividade. Com essa medida o governo gastaria algo em torno de 1.7 bilhões de reais, exatamente o que deixou reservado para o reajuste dos policiais.

Outra possibilidade seria conceder um reajuste linear de 4% ou 5% a todos os servidores federais a partir de julho deste ano. Nessa opção os servidores militares das Forças Armadas seriam alcançados, a não ser que Bolsonaro os retire do eventual projeto de lei.  O custo para essa opção seria em torno de 5 a 6 bilhões de reais apenas para o restante de 2022.

O terceiro cenário, o pior pra quase todo mundo, incluindo os militares, é utilizar a verba reservada de 1.7 milhões para o fim pela qual foi articulada, conceder um reajuste salarial para  policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes penitenciários e – quem sabe – para as carreiras que já estão criando problemas para o governo com suas paralizações, que são Receita Federal e do Banco Central.


Edmilson Braga - DRT 1164

Edmilson Braga Barroso, Militar do EB R/1, formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Rondônia e Pós-graduado em Gestão Pública pela Universidade Aberta do Brasil.

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