Governo estuda melhorar reajuste de 2022, mas pode deixar aposentados e militares da reserva de fora

O reajuste de 5% previsto para esse ano, que não repõe totalmente as perdas inflacionárias, pode ser melhorado pelo governo, mas a medida pode não alcançar todos os servidores públicos. Em ano eleitoral as reclamações de categorias importantes e com alto status diante da opinião pública são muito incômodas, mas a resposta a esse problema pode acabar sendo por meio de reajustes em forma de vantagens que alcançam somente quem está ainda em atividade e que de fato pode causar mais problemas como greves e operações padrão.

As melhorias seriam – portanto – em vantagens como auxílios alimentação e diárias.

Uma nota divulgada essa semana pela federação de policiais federais mostra que a categoria não está preocupada em parecer politica ou ideologicamente alinhada com o presidente Bolsonaro, mas que preza acima de tudo pela própria valorização como profissionais de segurança pública. No texto há críticas duras ao descumprimento de compromissos por parte do Presidente da República. A categoria esperava uma reestruturação nas carreiras policiais, que acabaria, segundo a expectativa dos policiais federais, gerando um aumento de 16 a 20% sobre o salário atual.

” Destacamos que um reajuste linear de 5% certamente não agradará a nenhuma das categorias, além de que implicará no descumprimento de mais uma “promessa” do Presidente da República ante os policiais…

Devemos lembrar que o governo foi eleito com a promessa de que valorizaria os profissionais de segurança pública e, até então, os profissionais dessa área, tão utilizada pelo Governo e, em especial pelo próprio Presidente em suas propagandas na apresentação dos recordes alcançados, foi incapaz de promover qualquer modificação estrutural ou a reestruturação da carreira”, diz o texto.

Em uma coletiva nesta segunda-feira , o secretário especial de Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, deixou claro que não houve nenhum comunicado oficial sobre os reajustes.