Política

30 dias depois, manifestação pela democracia continua firme em frente ao antigo quartel da 17ª Brigada de Infantaria de Selva


30 dias depois a mobilização
pela democracia continua firme
Às vésperas de completar um mês, dia 1 de dezembro, a mobilização pela democracia realizada dia e noite em frente ao antigo quartel da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, em Porto Velho, continua ativa e, se depender da vontade dos que estão ali todos os dias, não tem prazo para terminar.
E comum ouvir participantes que lembram amigos que, mesmo alegando não concordarem com o resultado eleitoral, mas ainda assim não comparecem ao campo da Brigada. “Estamos num momento importante do nosso país, não estamos fazendo nada ilegal, então venho aqui não por mim, mas por meus filhos e netos”, disse a aposentada Maria Souza, diariamente ali a partir das 15 horas.
Apesar de uma parte considerável dos manifestantes terem se deslocado a Brasília, onde acontece a grande mobilização nacional, a ação em Porto Velho continua e, como começou, sempre de forma espontânea, e organizada.
“Aqui não tem golpista nem manifestação antidemocrática; nossa intenção, como de grande parte dos brasileiros, é termos as respostas às perguntas que se fazem em todo o país”, explicou um dos manifestantes que contou estar diariamente no local, “é só sair do trabalho, passo em casa e venho direto”.
No “Campo da Brigada”, tudo funciona como se tivesse uma organização profissional, a partir da participação de todos e contribuições dos próprios participantes e, um fator que chama a atenção é que não se vê discussão nem bebida.
“Outro dia tinha uma jornalista perguntando por aqui e queria mostrar só pontos ruins, até o tererê ela achava que era cerveja e só entendeu o que era quando tomou um pouco”, é uma das histórias que se ouve contar, lembrando que muitos novos adeptos foram cooptados nesses 30 dias para a bebida tradicional dos indígenas guaranis e kaiowás.
A mobilização reúne gente de todas as idades, vindos de todos os bairros de Porto Velho e distritos, além de Candeias, e a chamada é feita diariamente por qualquer dos que vão ao microfone, mas o grande momento que o grito fica mais alto é quando há a convocação “Cadê os patriotas?”.
Praticamente a cada hora há a chamada para cantar os hinos Nacional e de Rondônia, com os participantes perfilados, alguns, como o aposentado Carlos Nogueira, em posição de sentido, outros com a mão direita sobre o peito ou em outra postura, mas na hora do hino cessam as conversas e ninguém fica sentado, até as crianças participam.


Edmilson Braga - DRT 1164

Edmilson Braga Barroso, Militar do EB R/1, formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Rondônia e Pós-graduado em Gestão Pública pela Universidade Aberta do Brasil.

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