Ato de coragem do Almirante Garnier contra Lula acaba desafiando tradições da Marinha do Brasil
REVISTA SOCIEDADE MILITAR
O ato de forte impacto do agora ex-comandante da Marinha do Brasil, Almir GARNIER, ao não se submeter às ordens de Lula, passando o comando da força em 31 de dezembro e não comparecendo a cerimônia dessa quinta-feira o coloca em choque com tradições navais e de fato é mencionado como drible nos regulamentos, mas faz com que o oficial seja considerado como um dos mais respeitados pela direita no Brasil. O almirante é também mencionado como leal ao Ex-presidente da república Jair Messias Bolsonaro.
Regulamentos militares deixam explícito que o comandante que sai deve comparecer e passar o comando para o comandante que assume. Mas, exonerado em 31 de dezembro, Garnier não compareceu sequer para prestigiar a cerimônia de assunção de comando do novo comandante da Marinha do Brasil, almirante Marcos Sampaio Olsen. Olsen havia assumido como comandante interino da Marinha em 31 de dezembro e nessa quinta-feira, 5 de janeiro de 2023, passou de comandante interino a comandante efetivo, na prática – empossado pelo civil José Mucio Monteiro – Olsen passou o comando para si mesmo.
Ex-comandantes da força, como o Almirante Leal e o Almirante Moura Neto, compareceram para prestigiar o evento, que ocorreu no Clube Naval de Brasília.
Veja o decreto assinado por Lula nomeando o Almirante Olsen como o novo comandante da Marinha do Brasil.
DECRETOS DE 5 DE JANEIRO DE 2023
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84,caput, inciso XIII, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 4º da Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999, resolve:
NOMEAR,
por necessidade do serviço, no âmbito do Comando da Marinha, o Almirante de Esquadra MARCOS SAMPAIO OLSEN, para exercer o cargo de Comandante da Marinha.
Brasília, 5 de janeiro de 2023; 202º da Independência e 135º da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
JOSÉ MUCIO MONTEIRO FILHO