Quem são os generais “mais melancia”. Segundo apurado em redes sociais, esses militares seriam ‘verdes por fora e vermelhos por dentro’
REVISTA SOCIEDADE MILITAR
Comandante do Exército está entre os generais “mais melancia”. Militares acusados de serem ‘verdes por fora, vermelhos por dentro’ em onda de ataques nas redes sociais
Enquanto as redes sociais do exército brasileiro continuam fechadas para comentários de seguidores, fornecendo uma forte evidência de que as críticas por parte da sociedade, principalmente aqueles que são posicionados à direita do espectro político, de fato incomodam o comando da força terrestre, a polarização política continua escalando nas redes sociais.
O governo do presidente Lula, o atual comandante em chefe das forças armadas, aparentemente não tem empreendido ações para restaurar a credibilidade das instituições militares. O que tem sido feito é a política de não tocar no assunto com a esperança de que o mesmo seja esquecido, o que aparentemente não está funcionando.
Entre os principais xingamentos dirigidos contra os militares das forças armadas estão os termos traidores e melancia. A maior parte das ofensas vem de cidadãos de direita que acreditavam que as aglomerações na frente das instituições militares poderiam convencer as membros das forças armadas a impedir que o presidente Lula assumisse o governo brasileiro, como Exército, Marinha e Aeronáutica permaneceram dentro das suas destinações constitucionais, agora são por muitos cidadãos consideradas como “ traidoras da pátria”
O termo melancia, atualmente utilizado contra os militares, tem como base o fato de que a melancia é verde por fora e vermelha por dentro, o que significa que os militares seriam verdes por fora, ostentando a sua farda militar, mas vermelhos por dentro, a cor que para muitos simboliza o comunismo.
Abaixo algumas postagens de usuários do Twitter em resposta a post da Marinha sobre a chegada de navios que estiveram na Antártica.
Entre os generais que atualmente têm sido mais afligidos com o termo melancia estão o comandante do exército general Tomás Miné e o general Richard Fernandez Nunes, atual Chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército e o almirante Olsen atual comandante da Marinha do Brasil.
Olsen, que recebeu o comando da Marinha interinamente ainda em dezembro, sob o governo Bolsonaro, se tornou alvo de muitas críticas nas últimas semanas por ter recebido o presidente Lula em Itaguaí no Rio de Janeiro, na novíssima base de submarinos da marinha, quando em discurso elogiou a atuação de Lula no que diz respeito às atuais conquistas tecnológicas da força naval brasileira.
Ô general Tomás por diversas vezes já declarou que pretende despolitizar o exército brasileiro e o general Richard, por sua vez, em declarações e textos publicados no blog do próprio exército já disse que o cidadão comum, sem se aprofundar nos temas largamente explorados nas redes sociais, não tem condições de opinar sobre como os militares deviam agir no que diz respeito às suas atribuições.
Richard criticou o repasse de notícias de Fontes que não são idôneas, o que para ele acabou forçando uma opinião pública generalizada e equivocada. O oficial disse ainda que é impulsividade e precipitação são extremamente prejudiciais para uma análise racional sobre o cotidiano.
“A precipitação, resultado da instantaneidade do mundo moderno, que se manifesta pela reação impulsiva em face do sem número de estímulos que chegam aos indivíduos por intermédio das conexões digitais, é deletéria ao pensamento analítico que deve caracterizar os profissionais da guerra. O repasse de notícias duvidosas, de fontes inidôneas, de modo precipitado, macula a imagem de quem as repassa em razão da perda de sua credibilidade, quando não induz outras pessoas a decisões equivocadas baseadas nas falsas premissas repassadas.”
Até o momento em que este artigo foi fechado, o exército brasileiro permanecia com as suas redes sociais fechadas para comentários de seguidores.