Por quê os prédios públicos são tratados pelos homens e mulheres do meu tempo com tamanha indolência? Preguiça, ou será má vontade?
Por quê o edifício que abrigava a Biblioteca Municipal, conhecida como a Pirâmide, desde que a cumieira cedeu, há mais de 18 anos, até hoje não foi reerguida?
Por quê a antiga estação ferroviária, que virou o Museu do Município jaz ali quase na beira do rio Mamoré, tão negligenciada, feia, desdentada, curvada, e tão decadente…
Por quê o Estádio Municipal João Saldanha é tratado de forma tão desleixada? Sua recuperação desafia o tempo e a boa vontade dos esportistas locais!
Por quê a antiga biblioteca Jarbas Passarinho, em cuja fachada, sempre maquiada, quando das festas cívicas, envergonha a Escola ali no seu entorno e enxovalha a avenida Quinze de Novembro, nas imediações da própria Prefeitura Municipal?
Aquela construção tão decaída emporcalha a imagem de nossa cidade, enodoando o seu antigo conceito de cidade virtuosa, maculando as diversas administrações municipais que foram se sucedendo, sem a tomada de providências que, se tivessem sido implementadas à tempo, não depreciaria, não deslustraria, nem desonraria, nem mancharia as figuras que passaram pela administração pública municipal.
E isso para dizer que não desejo falar das flores… Nem do Mercado Público Municipal, cuja conclusão dos serviços de sua recuperação se perdeu na lembrança e na lambança do tempo e na memória mais viva de nossa cidade…
Esquisito! Mas de tanto ver triunfar as nulidades, mas me enternecem as saudades que eu sinto do Governador Jorge Teixeira, o Teixeirão.
Com ele não havia espaço para o negligente, o omisso e para o imperito! Afinal, militar exemplar, ele jamais cultivou o ócio, as desculpas esfarrapadas, o desleixo, a indiferença, o abandono…
Palavras que sintetizam o atual quadro, quase macabro, de alguns prédios sob o encargo do Governo do Estado, entre eles justamente o Estádio, o Mercado Público e as duas Bibliotecas de nossa urbe.
Tenho ouvido o desespero do radialista João Teixeira na cobrança de ações por parte de quem de direito, encarecendo providências que tardam a chegar.
Homens públicos do nosso tempo, temos pressa…muita pressa… e lamentamos que o tempo da população não seja o mesmo tempo dos homens públicos do nosso tempo!…